O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (22), durante discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, que teve uma “química excelente” com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração veio logo após os dois líderes se encontrarem brevemente nos bastidores da reunião internacional.
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“Ele gostava de mim, eu gostava dele”
Trump relatou que conversou com Lula por cerca de 20 segundos e que o encontro foi positivo: “Nós não tivemos muito tempo para falar aqui, foram tipo 20 segundos, mas conversamos, tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na semana que vem, se for do seu interesse. Ele parecia um homem muito legal, na verdade, ele gostava de mim, eu gostava dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto.”
O republicano acrescentou que chegou a abraçar o presidente brasileiro nos bastidores e reforçou: “Tivemos ali uma química excelente e isso foi um bom sinal.”
Tensão após sanções e tarifaço
A fala de Trump ocorreu logo depois do discurso de Lula, que criticou as recentes sanções dos EUA contra exportações brasileiras e contra familiares de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente americano aproveitou para lembrar atritos comerciais com o Brasil: “No passado, o Brasil impôs tarifas injustas à nação, e por causa disso, os EUA aplicaram o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. Estamos revidando, e revidando com muita força.”
Defesa da soberania
Trump também defendeu a soberania dos Estados Unidos, em tom semelhante ao usado por Lula ao se referir ao Brasil: “Como presidente, sempre defenderei nossa soberania nacional e os direitos dos cidadãos americanos. Portanto, lamento muito dizer que o Brasil está indo mal e continuará indo mal. Eles só conseguem se sair bem quando trabalham conosco; sem nós, eles fracassarão, assim como outros fracassaram.”
Próximo encontro
Segundo Trump, ele e Lula devem se reunir já na próxima semana para tratar de temas bilaterais. O gesto é visto como um possível sinal de tentativa de distensão em meio ao momento de turbulência diplomática entre os dois países.
Por Nicolas Uchoa
