O número de matrículas em cursos de educação à distância (EAD) no ensino superior disparou entre 2014 e 2024, quase quadruplicando em uma década. O aumento foi de 286,7%, segundo o Censo da Educação Superior 2024, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
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Em 2014, apenas 2 em cada 10 estudantes estavam no EAD. Hoje, esse número saltou para quase 7 em cada 10. Enquanto isso, o ensino presencial apresentou queda de 22,3% no mesmo período.
🚨 Regulação e nova política do MEC
O crescimento acelerado levantou questionamentos sobre a qualidade das graduações à distância. Para responder às críticas, o Ministério da Educação (MEC) anunciou, em maio deste ano, a Nova Política de Educação à Distância, que traz mudanças importantes:
• Cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia deverão ser exclusivamente presenciais;
• Nenhum curso poderá ser 100% à distância;
O EAD passa a exigir pelo menos 20% de carga horária presencial ou em atividades síncronas mediadas, como aulas on-line ao vivo.
📈 Números do Censo 2024
O levantamento trouxe outros destaques sobre o ensino superior no Brasil:
• A EAD teve crescimento de 1% em ingressantes em relação a 2023;
• Em 2024, foram ofertadas 23,6 milhões de vagas (18,5 milhões à distância e 5 milhões presenciais);
• Apenas 5,01 milhões de vagas foram ocupadas (21,1% do total);
• Apenas 25% das vagas oferecidas em 2024 foram preenchidas;
• A rede privada respondeu por 95,8% das vagas de graduação.
👩🏫 Licenciaturas ganham força no EAD
Os cursos de licenciatura, voltados à formação de professores, também seguem a tendência da EAD. Em 2024:
• 69% das matrículas foram na modalidade à distância (alta de 2% em relação a 2023);
• Entre ingressantes, o número é ainda maior: 8 em cada 10 novos alunos optaram pelo EAD;
• Na rede privada, o índice chega a 93,8% dos novos ingressantes matriculados na modalidade.
Por Heloísa Mendelshon










