Foi inaugurada, no distrito de Queimadas, em Horizonte, a primeira escola de ensino médio em tempo integral quilombola do Ceará: a EEMTI Quilombola Antônia Ramalho da Silva. A solenidade contou com a presença do governador Elmano de Freitas (PT), que celebrou o momento como histórico para a educação do Estado.
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“Eu estou muito feliz de estar entregando a primeira escola de tempo integral em território quilombola. Estamos aqui para garantir aos jovens que aqui vão estudar uma escola de qualidade”, destacou o governador.
Educação e cultura de mãos dadas
Elmano reforçou que a instituição não se limitará ao ensino tradicional.

“A escola de povo tradicional não é apenas uma escola de transmissão de conhecimento em Matemática, Português, Ciências, mas de transmissão de cultura”, afirmou.
A EEMTI Antônia Ramalho da Silva é a segunda escola quilombola do Ceará e a primeira a funcionar em tempo integral. O prédio segue padrão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação (MEC).
Atualmente, 266 alunos estão matriculados para o ano letivo de 2025, número que já supera os 70 estudantes da abertura inicial.
Currículo com identidade quilombola
A escola ressignifica o ensino a partir das vivências locais, com currículo voltado para a preservação da identidade cultural quilombola, estruturado em oito eixos: memória; oralidade; comunidade; territorialidade; ancestralidade; tecnologias; saúde da população quilombola e mulher quilombola.

A estudante Raica Vitória, neta da homenageada que dá nome à escola, celebrou a conquista: “Eu fico muito feliz de completar o meu Ensino Médio nesta escola, que sempre foi um sonho da comunidade. É gratificante ver o sonho da minha avó dar esse resultado na forma dessa escola. É bom ter um lugar para sermos nós mesmos”, disse.
Estrutura e investimento
Com investimento total de R$ 12,9 milhões, a nova unidade conta com:
• quatro salas de aula;
• quatro laboratórios de Ciências;
• um laboratório de Informática;
• biblioteca;
• quadra poliesportiva coberta;
• auditório;
• jardins e áreas de convivência;
• bloco administrativo;
• cozinha, refeitório e vestiários;
• estacionamento e acessibilidade em toda a estrutura.

Cada detalhe da construção tem participação da comunidade local, como lembrou o governador: “Cada tijolo aqui foi construído por mãos de trabalhadores e trabalhadoras, na maioria deles, pessoas da comunidade, em sua maioria pais de alunos e alunas nossas. Aqui tem o suor, o sangue, a luta e a resistência do povo quilombola”, afirmou.
Por Nicolas Uchoa










