Mesmo com a internet cada vez mais presente na rotina dos brasileiros, 20,5 milhões de pessoas ainda não acessam a rede. Esse grupo representa 10,9% da população com 10 anos ou mais de idade em 2024, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio de suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), com foco em tecnologia da informação e comunicação.
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🧓 Idosos e pessoas com baixa escolaridade concentram maior parte dos desconectados
Entre os brasileiros que não usam internet, quase a metade (45,6%) — ou 9,3 milhões de pessoas — afirma que não sabe como utilizar a rede. O percentual é ainda maior entre os idosos, atingindo 66,1% dos que não acessam. Ainda assim, o estudo aponta crescimento no uso da internet por pessoas com mais idade.
Outros dados revelam que:
• 73,4% dos que não acessam a internet têm sem instrução ou apenas ensino fundamental.
• 52,1% são idosos.
📉 Acesso à internet cresce, mas barreiras persistem
Segundo a pesquisa, 168 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais já têm acesso à internet, o que representa 89,1% da população nessa faixa etária.
Entre os motivos mais citados para a não utilização da rede estão:
• Não saber mexer (45,6%)
• Falta de necessidade
• Motivos econômicos: em queda, passando de 16,2% em 2022 para 10,9% em 2024.
📱 Celular é principal meio de conexão
A Pnad também mostra que 167,5 milhões de pessoas (88,9%) possuem telefone celular, consolidando o aparelho como principal ferramenta de acesso à internet no Brasil.
Por outro lado, entre os 5 milhões de jovens de 10 a 13 anos que não possuem celular, o principal motivo apontado foi a preocupação com a privacidade ou segurança — resposta dada por 24,1% dos entrevistados nessa faixa etária. Em 2022, esse índice era de 17,2%.
🔐 Privacidade preocupa cada vez mais
A preocupação com segurança e privacidade digital cresce entre os brasileiros. Em 2022, 15,6% dos entrevistados citaram o tema como razão para não utilizarem a internet. Em 2024, esse número subiu para 22,5%.
Segundo o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto Fontes, esse receio pode não partir diretamente dos jovens, mas sim de seus responsáveis: “Pode refletir também a preocupação dos próprios pais ou responsáveis. Apesar de ser um equipamento importante para comunicação, é uma preocupação de pais”, explica.
📘 Orientações para segurança digital
Diante desse cenário, a organização Childhood Brasil lançou uma cartilha com dicas e orientações sobre segurança online para crianças e adolescentes, com foco na promoção de um ambiente digital mais seguro para o público jovem. O conteúdo pode ser encontrado aqui.
Por Aline Dantas










