O Parque Estadual do Sítio Fundão, em Crato, fechou 2019 com mais que o dobro do número de visitantes em relação ao ano anterior, saltando de 7.537 pessoas, em 2018, para 15.673. Localizado na área urbana do município, a Unidade de Conservação também é território do geossítio Batateira, veiculado ao Geopark Araripe.
De acordo com a atual gestora do Parque Estadual, Dágila Ramonita Ribeiro, este crescimento se deu, sobretudo, pelas parcerias feitas com as secretarias de Educação de Crato e de municípios vizinhos, como Barbalha e Juazeiro do Norte, que tem levado, cada vez mais, alunos para conhecer a Unidade de Conservação. “A partir do momento que assumi, em maio, senti a necessidade de atrair o público para dentro de lá”, reforça.
O salto de visitantes, segundo Dágila, atende um dos principais objetivos da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, que é promover a educação e interpretação ambiental. “Lá, dá pra fazer aulas envolvendo contextos históricos, geográficos, biológicos e sociais”, pontua.
Para a gestora do Parque, o Sítio Fundão, mesmo sendo dentro da cidade, não era tão bem aproveitado quanto deveria. Por isso, uma das medidas foi criar um perfil da Unidade de Conservação no Instagram que deu mais visibilidade às ações desenvolvidas lá dentro. “Mostramos nossos trabalhos, revitalização das áreas e campanhas”, completa Dágila.
Riquezas
Ideal para fazer trilhas curtas, a pé ou de bicicleta, o Sítio Fundão possui uma área de 93,52 hectares de flora nativa, que representa os biomas Caatinga e Cerrado, além de conter uma diversidade de animais silvestres.Alguns são mais comuns, como os saguis, as cobras e os pássaros.
Dentro do Sítio Fundão também há bens históricos tombados pela Secretaria de Cultura do Estado, como a Casa de Taipa (Centro de Visitantes), a parede de pedras e as ruínas de um engenho do Século XIX, movido por tração animal. Por ele, também corre o Rio Batateira, banhando o Parque e mantendo verde a vegetação por boa parte do ano.
O Parque fica aberto ao público no período das 6h às 17h. Não é cobrado ingresso. Os visitantes têm o auxílio de dois monitores ambientais para acompanhá-los. A segurança também é feita por vigilantes e o apoio de Polícia Ambiental. As aulas de campo podem ser agendadas pelo site da Sema.
Histórico
O Sítio Fundão pertenceu a Jeferson França Alencar, que manteve a área florestada até o seu falecimento, em 1986. Seu sonho era tornar o local em um lugar atrativo dentro do Crato. No dia 8 de fevereiro de 2008, a área foi desapropriada por Decreto Estadual, permitindo a criação do Parque Estadual no dia 05 de junho do mesmo ano.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste