Uma mulher de 35 anos está sendo investigada por suspeita de desviar aproximadamente R$ 200 mil de contas bancárias do próprio avô, um idoso de 87 anos, em Ponta Grossa, no Paraná. A Polícia Civil afirma que os golpes ocorreram entre 2021 e 2024, período em que a neta passou a controlar as finanças da vítima.
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Segundo o delegado responsável pelo caso, Gabriel Munhoz, os valores desviados vinham da aposentadoria mensal do idoso e de um precatório judicial. A suspeita entregava apenas parte da aposentadoria ao avô, dizendo que o restante estava “guardado”. Quando o idoso questionou a ausência do 13º salário, a neta teria dito que “o Lula tinha cortado”, evidenciando má-fé e desprezo pelo familiar, segundo a investigação.
Como o golpe foi descoberto
As fraudes vieram à tona após o filho da vítima perceber que o IPVA do carro do idoso estava atrasado há três anos, mesmo após o pai relatar ter dado o dinheiro à neta para o pagamento.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a mulher:
💸 Desviou cerca de R$ 72 mil da aposentadoria;
💰 Se apropriou de R$ 109 mil de um precatório de R$ 123,8 mil;
🏦 Fez empréstimos e abriu contas bancárias em nome do avô sem autorização;
🎭 Criou uma personagem fictícia, chamada “Jéssica”, que se passava por funcionária da Caixa Econômica Federal, para enganar o idoso e a família.
De acordo com Munhoz, a neta usava o nome falso para justificar bloqueios na conta do avô e para facilitar o desvio dos valores, inclusive abrindo contas em outros bancos.

Indiciada, mas em liberdade
A suspeita foi indiciada por estelionato majorado, por ser cometido contra idoso, e também por crime continuado, já que os desvios ocorreram ao longo de anos. A pena prevista para esse tipo de crime pode chegar a 10 anos de prisão.
Apesar da gravidade dos fatos, ela vai responder em liberdade. A identidade da suspeita não foi divulgada.
Defesa nega acusações
O advogado da mulher, Fernando Madureira, afirma que sua cliente nega os crimes e que os fatos não ocorreram como descrito pela polícia.
“A suposta vítima era avô da acusada e colaborava voluntariamente para sua manutenção. Ademais, os valores são inferiores aos indicados no inquérito. Mas, mesmo não tendo ocorrido qualquer fraude, a acusada pretende ressarcir ao avô pelos valores emprestados”, afirmou Madureira em nota.
A Polícia Civil segue com a investigação para reunir mais provas sobre o caso.
Por Nicolas Uchoa










