A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Kisunla (donanemabe) para o tratamento de comprometimento cognitivo leve e demência leve associados à doença de Alzheimer. O remédio representa um avanço importante no enfrentamento da enfermidade, que atinge milhões de idosos em todo o mundo.
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O Kisunla é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína beta-amiloide, um dos principais marcadores da doença. Ao atuar sobre os aglomerados dessa proteína que se formam no cérebro, o donanemabe ajuda a reduzir as placas e, assim, retardar a progressão da doença.
🔬 Resultados clínicos promissores
O novo tratamento foi avaliado em um estudo clínico com 1.736 pacientes com Alzheimer em estágio inicial.
Os participantes apresentavam comprometimento cognitivo leve, demência leve e presença de patologia amiloide.
O protocolo incluiu:
• 700 mg de donanemabe nas três primeiras doses;
• seguido de 1.400 mg a cada quatro semanas, por até 72 semanas (860 pacientes);
• grupo controle recebeu placebo (876 pacientes).
📊 Segundo a Anvisa, os pacientes que receberam o medicamento tiveram progressão clínica significativamente menor em comparação ao grupo placebo ao final de 76 semanas.
🚫 Contraindicações e reações adversas
Apesar dos resultados positivos, o uso do Kisunla não é recomendado para todos os pacientes. A Anvisa contraindica o medicamento nos seguintes casos:
Pacientes que usam anticoagulantes (como varfarina);
Pacientes com angiopatia amiloide cerebral (AAC) diagnosticada por ressonância magnética.
⚠️ A agência alertou para reações adversas comuns como:
• Febre;
• Sintomas semelhantes aos da gripe;
• Dores de cabeça, geralmente relacionadas ao processo de infusão.
A Anvisa destacou que o medicamento será monitorado rigorosamente, com atividades específicas de minimização de riscos definidas em um Plano de Minimização de Riscos aprovado.
🧬 Entenda o Alzheimer
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, que se manifesta por:
• Perda de memória;
• Deterioração cognitiva;
• Comprometimento progressivo das atividades cotidianas;
• Sintomas neuropsiquiátricos e alterações de comportamento.
A doença está associada a uma disfunção no processamento de proteínas, levando ao acúmulo de fragmentos tóxicos no cérebro, o que resulta na perda de neurônios em áreas como o hipocampo e o córtex cerebral.
🧬 Embora a causa ainda não seja completamente compreendida, acredita-se que haja influência genética. O Alzheimer é a forma mais comum de demência em idosos, respondendo por mais da metade dos casos.
🏥 Tratamento gratuito pelo SUS
No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem:
• Atendimento multidisciplinar gratuito;
• Medicamentos para retardar os sintomas da doença;
• Apoio a familiares e cuidadores para os cuidados contínuos.
💡 Os cuidados com o paciente devem ser integrados e permanentes, considerando alimentação, ambiente e suporte emocional como parte essencial do tratamento.
Por Aline Dantas










