A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (31), a redução de 4,6% no preço médio do diesel vendido em suas refinarias. Com isso, o valor do litro passará a R$ 3,55 a partir do dia 1º de abril. Trata-se do primeiro corte no preço desse combustível desde dezembro de 2023.
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Segundo a estatal, a redução representa um recuo de 4,78% no preço do diesel A comercializado para as distribuidoras.
Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel, o preço da Petrobras no diesel B, que chega ao consumidor final, será de R$ 3,05 por litro – uma redução de R$ 0,15 por litro.
Histórico de preços e impacto no mercado
Desde dezembro de 2022, o preço do diesel nas distribuidoras caiu 20,9%, o que representa uma redução total de R$ 0,94 por litro.
Entretanto, a nova queda ainda não compensa totalmente o aumento de R$ 0,22 por litro aplicado pela Petrobras em janeiro deste ano.
Composição do preço do diesel nos postos
O valor do diesel vendido ao consumidor final inclui diversos fatores além do preço da Petrobras:
Valor do combustível fóssil vendido pela estatal às distribuidoras;
Impostos federais (PIS e Cofins);
Imposto estadual (ICMS);
Preço do biodiesel, que é adicionado na proporção de 14%;
Margens de distribuição e revenda.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel da Petrobras estava R$ 0,08 por litro acima da paridade internacional nesta segunda-feira (31).
Impacto econômico: redução pode influenciar inflação
Como a maior parte dos produtos no Brasil é transportada por caminhões, a redução no preço do diesel pode gerar um efeito indireto na inflação – um tema sensível para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo especialistas, o impacto do diesel no preço final dos produtos varia conforme o valor agregado. Ou seja:
Alimentos tendem a ser mais afetados pela variação do diesel do que eletrodomésticos, eletrônicos e automóveis, por exemplo.
Por Bruno Rakowsky