O governo federal prepara o lançamento do programa Desenrola Rural, voltado à renegociação de dívidas de pequenos agricultores e à reabilitação de seus cadastros junto às instituições financeiras. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
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O Desenrola Rural, previsto para ser lançado em 2025, oferecerá descontos de até 85% para agricultores familiares e busca regularizar dívidas com mais de um ano de atraso. O foco principal está nos beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e nos agricultores familiares com renda bruta anual de até R$ 50 mil, muitos dos quais possuem débitos do Pronaf inscritos na Dívida Ativa da União (DAU).
“A ideia é garantir que esses agricultores possam acessar novos financiamentos e manter a produção ativa. O presidente Lula também já lançou três fundos de aval para facilitar a concessão de crédito às cooperativas e pequenos produtores”, explicou Teixeira.
Programa Terra da Gente
Durante a entrevista, o ministro também destacou avanços no programa Terra da Gente, voltado à reforma agrária. A iniciativa foi modernizada para incluir, além de terras públicas e adquiridas pelo governo, propriedades adjudicadas de grandes devedores da União e terras pertencentes a bancos, muitas vezes arrematadas em leilões a preços baixos.
Com uma meta de incluir 324 mil novas famílias na reforma agrária até 2026, o programa prioriza comunidades tradicionais, como povos indígenas e quilombolas, promovendo inclusão social e desenvolvimento agrícola em várias regiões do país.
“Este ano já entregamos 74 mil famílias incorporadas à reforma agrária, cumprindo as metas estabelecidas pelo programa Terra da Gente. Até o fim do governo Lula, a previsão é alcançar mais de 320 mil famílias”, afirmou Teixeira.
Lançado em abril deste ano, o Terra da Gente busca organizar o uso de terras disponíveis, promovendo o direito constitucional de acesso à terra para trabalho e moradia, além de fomentar a inclusão produtiva e contribuir para a resolução de conflitos agrários.
Por Bruno Rakowsky