Dois dos principais municípios da região do Cariri, Barbalha e Juazeiro do Norte, estão sem a vacina pentavalente, responsável pela proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B, que causa infecções no nariz, meninge e na garganta. Em Crato, ainda restam poucas unidades. Destinada para crianças, a imunização acontece em três doses: aos seis meses de vida, aos dois anos e aos quatro anos de idade. Em
A vacina pentavalente é a combinação de cinco vacinas individuais em uma. Desde 2012, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, oferta a imunização na rotina do Calendário Nacional de Vacinação. Ela é adquirida via o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma vez que não existe laboratório produtor no país.
A consultora de vendas Graça Cristina, mãe do pequeno Derik, de três meses de vida, reclama que não está conseguindo encontrar a vacina há um mês. Em Juazeiro do Norte, tem se deparado com cartazes que destacam a falta da pentavalente nas unidades básicas de saúde do Município. “Não encontro e já fui em vários lugares”, reforça.
A diretora de Imunização de Juazeiro do Norte, Márcia Rejane, não dá previsão para quando chegará uma nova remessa. A situação é semelhante em Barbalha, que possui 26 unidades de saúde e todas estão sem doses disponíveis.
No Crato, a coordenadora especial de Vigilância em Saúde, Arlene Sampaio, conta que o Município possui poucas unidades e que a falta das doses é um problema nacional. A Secretaria de Saúde de Crato aguarda um posicionamento quanto a situação das vacinas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Saúde do Estado.
Já nas clínicas particulares, a realidade não é diferente. Em Juazeiro do Norte, uma delas, por exemplo, possui apenas 25 doses, mas nenhuma está disponível. “Elas já estão reservadas para clientes”, garantiu a administradora da clínica, Márcia Rocha. Enquanto as crianças não são vacinadas, ela recomenda que as mães evitem a exposição dos filhos. “Não andarem para todo lugar, por precaução”, completa.
No último mês de novembro, a Secretaria de Saúde do Ceará recebeu de 31 mil doses. Esta remessa veio para cobrir o desabastecimento que aconteceu nos meses de agosto e setembro. Agora, a Pasta garantiu que está distribuindo as vacinas para os municípios e assim normalizará o estoque e garantirá a vacinação.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste