O Ministério Público Eleitoral deflagrou, nesta quarta-feira (2), a Operação “Migalhas”, que culminou no afastamento de Francisco José Bezerra Araújo, conhecido como “Dindo Araújo”, presidente da Câmara Municipal de Nova Olinda. A ação, conduzida pela Promotoria da 53ª Zona Eleitoral com apoio da Polícia Civil, incluiu o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão – um na residência do parlamentar e outro na sede da Câmara. Além disso, houve a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Dindo Araújo.
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A operação foi motivada por suspeitas de compra de apoio político e irregularidades financeiras. Conforme a petição apresentada pelo promotor eleitoral Ariel Alves, o vereador é acusado de tentar subornar o líder da oposição, Damião Aureliano Ferreira de Sousa, oferecendo R$150 mil em espécie para que ele mudasse de posição e passasse a apoiar o grupo político de Araújo.
Além da tentativa de suborno, o presidente da Câmara é investigado por apresentar uma evolução patrimonial incompatível com a declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, o que aponta indícios de abuso de poder econômico e possíveis crimes eleitorais.
Investigações
A oferta de dinheiro em troca de apoio político, somada à ocultação de patrimônio significativo, sugere uma estratégia de manipulação eleitoral, prática que é considerada crime segundo a legislação eleitoral vigente. A operação busca esclarecer as circunstâncias que envolvem as acusações e apurar a origem dos recursos supostamente oferecidos ao líder da oposição.
A Promotoria também está analisando a evolução patrimonial do vereador, que, segundo os investigadores, não condiz com os valores declarados oficialmente. O afastamento temporário de Araújo da presidência da Câmara é uma medida preventiva para assegurar a continuidade das investigações sem interferências.
Se comprovadas as acusações, Dindo Araújo poderá responder por crimes de corrupção e abuso de poder econômico, além de estar sujeito a punições previstas no Código Eleitoral, que incluem a perda de mandato e inelegibilidade.
Em nota, o vereador Dindo Araújo afirmou que foi surpreendido pelos mandados de busca e apreensão e afirmou que está sendo “vítima de uma farsa política”.
“Na diligência, fui tratado respeitosamente pelos agentes e contribuí com o trabalho dos mesmos, pois encaro de maneira tranquila essa denúncia partida unicamente de um áudio. Ao final, nada foi achado, reforçando tratar-se de denúncia infundada”, escreveu o vereador. “Me mantenho firme na minha campanha e vou seguir para a minha reeleição”.