Sob o manto do tempo
o corpo carece descanso
a alma clama paz.
E o olhar de procurar sonhos
além mar
prende-se em terna contemplação
dos caminhos trilhados.
Sob o manto do tempo
guarda-se mais o passado
do que se vislumbra futuro.
O tempo corre e um dia a gente chega
no finito porto
onde o corpo é morto
E a boiada das almas segue
aos campos do adeus.
Sob o manto do tempo
duras penas, duras lidas
mas bem vos digo companheiro
vale a vida para ser vivida
Vale jornada e travessia
a paisagem das estradas
Ser vivida vale a vida
Sob o manto do tempo
o milagre de cada dia.
Sob o manto do tempo
o corpo carece descanso
a alma clama paz.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri