Na manhã desta sexta-feira (27), um idoso de 83 anos foi detido no Crato sob a suspeita de ter estuprado sua neta de apenas 7 anos. A denúncia veio à tona quando a menina, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), expressou o que havia sofrido por meio de desenhos.
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A mãe da criança buscou a Delegacia de Defesa da Mulher do Crato após perceber mudanças significativas no comportamento da filha. De acordo com a Polícia Civil, o avô paterno usou o vínculo familiar para perpetrar os abusos, que foram confirmados por exames médicos, levando à prisão preventiva do idoso, agora sob custódia da Justiça.
Ao g1 Ceará, a delegada Kamila Brito, responsável pela investigação, relatou que a mãe da vítima compareceu à delegacia na semana passada, detalhando os relatos da criança. Com base nas informações, a equipe emitiu uma guia para o Instituto Médico Legal (IML), onde o abuso sexual foi constatado. “Diante da gravidade do caso, tomamos as medidas necessárias para garantir a proteção da menor”, comentou.
Os desenhos feitos pela menina serviram como uma evidência do que ela havia vivenciado. Em um dos relatos, ela mencionou os encontros com o avô, descrevendo como ele a levava para um quarto quando subiam ao andar de cima da casa. A mãe, alarmada com o novo comportamento da filha, que incluía agressividade e dificuldades para dormir, levou-a a um hospital. A criança apresentou sintomas físicos, como febre, em decorrência do trauma.
Durante o depoimento à polícia, o idoso optou por não se pronunciar. Outros familiares da menina também foram ouvidos no processo investigativo. A delegada enfatizou a importância que os pais têm em observar o comportamento de seus filhos, alertando: “Esse é um alerta: mães e pais, prestem atenção nas alterações de comportamento dos seus filhos. Eles costumam demonstrar o que estão passando.”
Kamila Brito destacou ainda a relevância da credibilidade da mãe, que ao ouvir a filha, não hesitou em buscar a ajuda das autoridades. “Neste tipo de crime, a palavra da vítima é fundamental, pois muitas vezes existe apenas o criminoso e a vítima. Por isso, o acompanhamento constante é essencial”, concluiu a delegada.
A investigação prossegue enquanto a Justiça avalia as circunstâncias do caso.