Com uma sequência prolongada de semanas sem chuva e enfrentando a pior seca da história recente do país, quatro regiões do Ceará estão sob alerta para baixos níveis de umidade até domingo (15). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) identificou as áreas mais afetadas: Cariri, Centro-Sul, Sertão dos Crateús e parte da Ibiapaba.
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Além da baixa umidade, o tempo seco agrava a má qualidade do ar, uma vez que os poluentes se concentram nas camadas mais baixas da atmosfera. Essa combinação de poluição e fumaça proveniente das queimadas, principalmente no Norte do país, representa riscos significativos para a saúde.
Riscos à saúde e recomendações
O Ministério da Saúde emitiu orientações para mitigar os impactos dessa condição climática adversa:
• Hidratação: Beber bastante água e líquidos ajuda a manter as vias respiratórias úmidas e protegidas.
• Exposição limitada: Permanecer em ambientes internos, com ventilação adequada, ar-condicionado ou purificadores de ar.
• Ambientes fechados: Manter portas e janelas fechadas durante períodos de alta concentração de partículas no ar.
• Atividades físicas: Evitar exercícios ao ar livre entre 12h e 16h, horários de maior concentração de poluentes, especialmente de ozônio.
Quando a chuva volta?
Segundo Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, o bloqueio atmosférico que mantém o tempo seco e as temperaturas elevadas no Brasil deve persistir. Não há expectativa de chuvas regulares no curto prazo. “Somente a partir da segunda quinzena de outubro devemos começar a ver pancadas de chuva mais frequentes”, afirmou.
Até lá, as precipitações devem ocorrer de forma isolada no sul e leste do Nordeste, litoral do Sudeste e extremo Norte do país. Apenas uma chuva volumosa será capaz de dissipar a fumaça e a poluição que têm dominado o céu brasileiro.
Brasil encoberto por fumaça
Com um número recorde de queimadas, principalmente na Amazônia, aproximadamente 60% do território brasileiro está coberto por fumaça, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa nuvem de fuligem deve alcançar países vizinhos, como Argentina e Uruguai, nos próximos dias.
As correntes de vento desempenham um papel crucial na dispersão da fumaça. Um fluxo de ar que vem do oceano Atlântico, atravessa o Nordeste e ganha umidade na Amazônia, continua seu trajeto para o Sul, transportando a fumaça e formando o que especialistas chamam de “corredor de fumaça”.
Por Nicolas Uchoa