A Justiça de Pernambuco revogou nesta terça-feira (10) a prisão domiciliar da influenciadora digital, empresária e advogada Deolane Bezerra, que deverá retornar ao presídio. Deolane havia sido presa na semana passada, junto com sua mãe, Solange Bezerra, durante uma operação que investigava uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com jogos ilegais.

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Na segunda-feira (9), Deolane havia deixado a Colônia Penal Feminina do Recife, após ser beneficiada por um habeas corpus. Ela saiu do presídio utilizando uma tornozeleira eletrônica, mas, poucas horas depois, descumpriu uma das condições impostas pela Justiça: não se manifestar publicamente sobre o processo. Em sua saída, a influenciadora falou com jornalistas e fãs, além de publicar uma foto no Instagram, o que resultou na revogação de sua prisão domiciliar.

Condições descumpridas
De acordo com as determinações do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Deolane estava proibida de fazer declarações públicas, seja em redes sociais ou à imprensa. Entretanto, logo após sua liberação, ela afirmou que sua prisão havia sido “criminosa” e que houve abuso de autoridade durante sua detenção, violando assim a ordem judicial.

Por conta desse descumprimento, a Justiça ordenou o retorno de Deolane à prisão, determinando sua transferência para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco. A escolha desse local, segundo a decisão, visa afastá-la da influência dos grandes centros urbanos, garantindo maior tranquilidade para o andamento do processo.

Deolane Bezerra e sua mãe foram detidas como parte de uma operação que investiga uma rede de lavagem de dinheiro e envolvimento com jogos ilegais. A influenciadora e outras pessoas relacionadas ao caso estavam sendo monitoradas pela Polícia Civil.

Deolane havia sido liberada temporariamente com base no artigo 318A do Código de Processo Penal e em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite prisão domiciliar para mães de crianças menores de 12 anos. Ela é mãe de uma menina de oito anos. Porém, a revogação de sua prisão domiciliar interrompeu esse benefício.

Outras beneficiadas com prisão domiciliar
Além de Deolane Bezerra, outras mulheres também foram beneficiadas pela prisão domiciliar, incluindo Maria Eduarda Filizola, esposa de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da empresa Esportes da Sorte, que também está sob investigação, e Marcela Tavares Henrique da Silva Campos, irmã de Darwin e sócia em algumas das empresas investigadas.

A mãe de Deolane, Solange Bezerra, ainda permanecia detida na Colônia Penal Feminina do Recife até a última atualização desta reportagem.