Na madrugada deste sábado (31), usuários de várias operadoras como Vivo, Claro e Oi relataram a interrupção do acesso à rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. A suspensão foi uma consequência da ordem emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (30). A medida será mantida até que a plataforma cumpra as ordens judiciais, efetue o pagamento de multas e indique um representante legal no Brasil.
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Apesar do início da suspensão, parte dos usuários ainda conseguia acessar o X até a última atualização desta reportagem. De acordo com o site Downdetector, que monitora falhas em serviços online, houve um pico de relatos de usuários enfrentando dificuldades para acessar a rede social às 0h10.
O processo de suspensão do serviço não ocorre de forma instantânea, exigindo que as operadoras bloqueiem o acesso de seus clientes a todos os servidores da rede social, tanto aqueles acessados via navegador quanto os armazenados em dispositivos móveis. Alguns usuários já afetados relataram que a interface do X ainda é exibida, mas as postagens e perfis não são carregados.
O bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma desde 2022, usou o próprio X às 3h46 para criticar o ministro Alexandre de Moraes, prometendo divulgar no domingo (1º) uma “longa lista de crimes” atribuídos ao magistrado. “Obviamente, ele não precisa obedecer às leis dos EUA, mas precisa obedecer às leis do seu próprio país. Ele é um ditador e uma fraude, não um juiz”, atacou Musk em uma postagem.
Histórico de bloqueios no Brasil
O bloqueio do X não é um caso isolado no Brasil. Em 2015 e 2016, o WhatsApp também foi alvo de suspensões judiciais no país. Mais recentemente, o Telegram foi suspenso por alguns dias em 2022 e 2023 por não cumprir ordens judiciais, sendo uma delas emitida pelo próprio Moraes, após a plataforma não remover perfis que disseminavam notícias falsas.
Alternativas ao X
Com a suspensão do X, usuários brasileiros podem buscar alternativas para se manterem conectados em redes sociais. O Threads, lançado em 2023 pela Meta (empresa controladora do Instagram, Facebook e WhatsApp), é uma dessas opções. Para criar uma conta, é necessário possuir um perfil no Instagram.
Outra opção é o Bluesky, que foi criado em 2019 pelo próprio X (então Twitter) e se tornou uma empresa independente em 2021. O Bluesky ganhou popularidade após Elon Musk, que comprou o Twitter em 2022, impor limitações ao número de tuítes que um usuário com perfil não verificado poderia ler por dia. Inicialmente, o acesso ao Bluesky era restrito a uma “fila de espera” e ao convite de um usuário já registrado, mas essa barreira foi removida em fevereiro deste ano.
Por Aline Dantas