Minha infante alma
Leve, tão leve
Como balões de ar
Livre de todas as maldades
humanas.
Permeando meus sonhos
Pela saudade de outros
tempos.
Já fui menino, eu sei
Quando tudo era mágico
Desembrulhando a caixa
de tantas descobertas.
O mundo uma ilha de imensuráveis
tesouros.
Já fui menino, eu sei
Leve, tão leve
Minha alma
Livre de todas as maldades
humanas.
Balão de ar, alcei voo sobre
o mundo
Nas astronáuticas retinas
A visão de tantos sonhos
soprados pelo vento de tantas
esperanças.
Agora que sou um velho, sei
Felicidade nessa vida
Só se encontra quando nossa
alma é criança.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri