As mãos da lembrança
Vão puxando as cortinas do tempo
Para que a minha saudade possa
avistar
Pela janela das memórias
o passado de minha história.
As formas abstratas em uma tela
imaginária
Tomam forma, desencadeando o
calendário
Misturando em uma só moldura
passado e presente
E o pensamento correndo silente
nos campos do imaginário.
Nas frestas das horas, tantos eus
de outros tempos
Formando este que hoje, sentado
a frente da janela de minha história
hoje sou.
É a vida
Veloz corcel que na estrada avança
atrás deixando pedaços de mim
E bem dizer não sei
Se sou eu que vou passando pelo
tempo
Ou é ele que vai passando por mim.
E o pensamento correndo silente
nos campos do imaginário.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri