O Governo do Ceará investirá, neste ano, um total de R$ 424 milhões em transferência de renda para famílias em situação de vulnerabilidade. O valor refere-se somente a programas executados pela Secretaria da Proteção Social (SPS) e vem contribuindo com a redução da extrema pobreza no Estado. O número de pessoas em situação de extrema pobreza no Ceará reduziu 40,4%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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O levantamento mostra o impacto direto dos cartões Mais Infância Ceará e Ceará Sem Fome, e do Vale Gás Social. Somados, os benefícios anuais chegam ao valor de mais de R$ 400 milhões.
Há um ano,Thalia da Silva, 27, recebe o benefício do Cartão Mais Infância. Mãe do Thalison, 5, e da Maria Eloá, 3, ela conta que faz bicos como copeira em buffet e que as oportunidades de trabalho são poucas. Sua única renda fixa vem do Bolsa Família e do Cartão Mais Infância. “Eu cuido sozinha dos meus filhos e se não fossem esses benefícios, não sei como colocaria comida na nossa mesa. Eu já recebia o Bolsa Família antes, e quando passei a receber o Cartão Mais Infância foi um complemento para comprar o leite deles e as frutas, principalmente quando vai chegando o final do mês e tudo vai se acabando na despensa”, revela Thalia.
Presente nos 184 municípios cearenses, o Cartão Mais Infância é um programa de transferência de renda do Governo do Estado. Um benefício financeiro mensal, no valor de R$ 100, destinado às famílias em situação de extrema vulnerabilidade. Neste ano, o Governo do Ceará investiu R$ 193.2 milhões para seguir complementando a renda destas famílias, que são selecionadas na base de dados do Cadastro Único.
Ceará Sem Fome
Dona Fátima Santos, 41, mora no Residencial Yolanda Queiroz. Mãe de cinco filhos, ela conta que nem sempre tinha o que comer em casa. “No dia em que recebi o Cartão Ceará sem Fome, não tinha nada na minha despensa, e eu quase chorei de felicidade de poder comprar o arroz, o feijão e a mistura naquele dia”, conta Dona Fátima, que também é beneficiária do Vale Gás Social e faz parte das 53 mil famílias contempladas no Programa Ceará sem Fome.
Só neste ano, o Ceará Sem Fome, já investiu R$171,3 milhões para levar comida para mesa das famílias mais vulneráveis do estado. Todos os meses, a população em situação de pobreza ou extrema pobreza beneficiada pelo programa recebe 300 reais para comprar alimentos, sempre dando preferência aos produzidos pela agricultura familiar e aos vendidos em pequenos comércios.
Outra política estadual que vem auxiliando famílias como a de dona Fátima é o Vale Gás Social, que contempla, atualmente, 210 mil famílias em todo o Estado do Ceará. Neste ano de 2024, o Vale Gás recebeu um investimento de R$ 59,9 milhões para recarregar, três vezes ao ano, o botijão de gás destas famílias.
A titular da SPS, Onélia Santana, destaca que “o atendimento às famílias na pobreza e extrema pobreza se dá muito além da transferência de renda. Na SPS, acompanhamos as famílias beneficiadas com visitação domiciliar, com mais de 9 milhões de visitas”, destaca.
A secretária também observa que, fora a visitação, a SPS “tem investido em qualificação profissional, priorizando o atendimento aos públicos dos programas sociais estaduais”. Em 2023, foram mais de 12 mil pessoas capacitadas em uma estratégia de qualificação para a superação da pobreza.
Os dados são da Fundação Getúlio Vargas, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).