Cara ou coroa
Sobre a mesa do tempo
Gira a moeda do destino
Aquilo que for de minha sorte
Mostre a vida sua face.
Nas engrenagens do mundo
Sou o roteiro de minha sina
Nem mais, nem menos
Apenas o que me cabe
Na soma das medidas
Quando a quem nasce divididas.
Não navegarei mares
Não orbitarei ao redor da lua
Preso a gravidade pelo meu próprio peso
Serei porto, nunca barco
Serei terra, nunca espaçonave
Um velho paquiderme lento
Que vai seguindo a jornada
Até onde o sol se põe
no horizonte de quem vive.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)