A Audiência Provincial de Barcelona concedeu liberdade provisória ao jogador de futebol Daniel Alves, preso desde 20 de janeiro de 2023 por acusação de estupro. A decisão foi tomada nesta terça-feira (16) após uma audiência de quase uma hora, na qual a defesa do atleta apresentou argumentos que convenceram o tribunal de que não há risco de fuga ou destruição de provas.
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O lateral-direito precisará pagar uma fiança de 1 milhão de euros e comparecer ao tribunal espanhol semanalmente. Além disso, ele terá o passaporte retido e ficará proibido de sair da Espanha.
A decisão da Justiça gerou reações mistas. De um lado, a defesa de Alves celebra a liberdade do jogador e acredita em sua inocência. Do outro, a vítima e seus representantes expressaram indignação, afirmando que a fiança milionária demonstra a disparidade de poder entre ricos e pobres.
Com a liberdade provisória, o jogador poderá retomar sua carreira profissional. No entanto, o jogador ainda enfrentará o julgamento e a possibilidade de ser condenado por agressão sexual. A pena prevista para este crime na Espanha é de 4 a 12 anos de prisão.
O julgamento
O julgamento de Daniel Alves, acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022, chegou ao fim no dia 7 de fevereiro e durou três dias. Foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o acusado.
O Tribunal de Barcelona decidiu manter o julgamento mesmo com o pedido da defesa do atleta para que houvesse uma suspensão por violação de direitos como o da presunção de inocência.
Os magistrados consideraram que nenhum direito foi violado. O tribunal disse que Daniel Alves contou com a presença de uma advogada desde o momento em que foi preso, o que não caracteriza violação de direitos.
Em depoimento, o jogador chorou, alegou uso excessivo de bebida alcóolica e negou que tenha praticado estupro. Na época, a vítima tinha 23 anos. Ela acusa o jogador de agressão sexual.
Por Nicolas Uchoa