Nas terras do Caldeirão
A bandeira da Santa Cruz do Deserto
Pelas mãos de Lourenço fincada
Pátria dos desvalidos
Pela seca tangidos.
Justiça e pão
“A cada um nesta terra
Um pedaço de chão”
A vida dividida
A cada qual o seu quinhão.
A terra negada
Nas mãos as espadas
O sangue
Sobre um pedaço de chão.
A bomba
Águia metálica em voo
As covas rasas
“A cada qual o seu quinhão”
A Santa Cruz do Deserto
Na terra fincada
Pelas mãos
Pelo sangue
De tantos
Salve a Santa Cruz
Salve a Santa Cruz
De Santo Inácio de Loyola
Salve a Santa Cruz
Salve a Santa Cruz
De Zé Lourenço
Caldeirão
A cada um nesta terra
Justiça e pão.
Por Fabiano Brito – Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri