A identificação das variantes foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) através de amostras do vírus colhidas em testes de Covid que deram positivo. De 47 amostras colhidas em vários municípios do Ceará entre os dias 5 e 25 de novembro, 38 apontaram a presença da subvariante JN.1 e uma a presença da subvariante BA.2.86.1.
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O período de identificação das duas subvariantes no Ceará é o mesmo em que houve o aumento de casos de Covid. Entre os dias 1º e 30 de novembro, o estado confirmou 2.809 casos positivos da doença, e a taxa de positividade dos testes feitos em laboratório chegou 34,4%. As informações foram apresentadas em coletiva Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) na sexta-feira (1º).
Inicialmente, a hipótese era que a alta do número de casos estava ligada à circulação da subvariante JG.3, que descende da variante EG.5, popularmente conhecida como Éris. O cenário, no entanto, não se confirmou, apontando, na verdade, a predominância da JN.1.
Desde setembro, a subvariante JN.1 é classificada como “sob investigação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta subvariante descende da variante Pirola, que por sua vez é descendente da variante Ômicron. Conforme monitoramento da Secretaria de Saúde, a JN.1 já foi identificada em várias cidades cearenses, o que indica que ela já se difundiu pelo estado.
Governo do Ceará vai reforçar vacinação
Em meio a um aumento na quantidade de casos confirmados de coronavírus, o Ceará vai lançar uma nova campanha de incentivo à vacinação contra Covid-19 a partir da segunda-feira (4). A nova campanha vai estimular os municípios cearenses a reabrirem as salas de vacinação em esquema de mutirão e convocar a população a se imunizar.
Hoje, a cobertura vacinal da 5ª dose, chamada vacina bivalente, está apenas em 18% da população adulta cearense. No caso das crianças de 6 meses a 4 anos de idade, apenas 32% tomaram alguma dose da vacina contra Covid.
De acordo com o secretário-executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antônio Lima Silva Neto (Tanta), o crescimento na positividade dos casos de Covid reforça a importância da população tomar as doses de reforço da vacina .
“Quando uma nova variante circula no mundo, é porque ela tem capacidade de enganar temporariamente o sistema imunológico, senão ela não tem força de se deslocar”, explica o especialista, que enfatiza a importância dos adultos tomarem a bivalente.
Segundo a Sesa, apesar do número crescente de casos, não está havendo sobrecarga de hospitais e a maioria dos pacientes, embora sintomáticos, têm apresentado quadro leve, com tosse, febre e dor de garganta.
Crianças têm tido casos mais graves
Conforme o secretário-executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Lima Silva Neto, a nova onda tem apresentado bastante rapidez de transmissão, o que elevou a taxa de positividade. Este cenário também indica que deve haver uma queda rápida na transmissão.
Contudo, o infectologista alerta para a baixa vacinação de crianças. Conforme Tanta, cerca de 68% das crianças entre seis meses e 4 anos de idade não tomaram nenhuma dose da vacina contra Covid.
Nos hospitais, a maior parte dos pacientes diagnosticados com Covid que apresentam síndrome respiratória grave – ou seja, com febre, tosse e falta de ar – são justamente crianças, sobretudo aquelas com menos de 5 anos e sem vacina.
Quem pode tomar a vacina bivalente
Podem tomar a dose bivalente as pessoas com idade acima de 18 anos e que tenham tomado, pelo menos, duas doses da vacina monovalente. Para isso, a pessoa deve ter recebido a última dose há quatro meses.
Ainda conforme a SMS, podem receber a bivalente as pessoas com comorbidades com idades a partir dos 12 anos e os imunossuprimidos com idades de 12 anos a 17 anos, 11 meses e 29 dias.
Pode tomar com sintomas?
As pessoas que estiverem com sintomas gripais podem tomar a vacina normalmente, desde que os sintomas sejam leves, orienta a SMS.
No caso de sintomas gripais graves, as equipes de saúde orientam que a pessoa só tome a vacina depois de 30 dias.
Fonte: g1 CE