Uma mulher denunciou nas redes sociais que o filho dela, que é autista, sofreu discriminação de uma funcionária da Loja Riachuelo, localizada no Shopping Boulevard, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. O caso teria acontecido na quinta-feira (16). As informações são do g1.
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No vídeo registrado pela mãe, identificada como Karla Gurgel, é possível vê-la dizer que realizava compras no estabelecimento comercial e afirmar que uma trabalhadora classificou o atendimento dela como uma “bomba”. Assista:
Mãe acusa atendente da Riachuelo de preconceito contra filho autista #RevistaCariri #Riachuelo #autismo #bahia pic.twitter.com/PEWqPtWcEE
— RevistaCariri (@RevistaCariri) November 17, 2023
Em nota, a Loja Riachuelo informou que lamenta o acontecido e deu a entender que a colaboradora foi desligada do estabelecimento comercial. Disse ainda que o comportamento da funcionária não condiz com os valores e praticados pela loja (veja nota na íntegra no final da matéria).
O Shopping Boulevard emitiu uma nota de esclarecimento e disse que a abordagem da colaboradora não está em conformidade com as orientações de atendimento ao público e e boas práticas adotadas pelo estabelecimento comercial.
Tudo começou quando Karla chegou no caixa para passar suas compras, apresentou uma carteira de identificação de autismo do filho e solicitou atendimento prioritário.
Uma funcionária pediu então que uma colega despachasse as compras da mulher. A outra trabalhadora em questão atendeu Karla e quando finalizou, teria dito para outra colaboradora: “não me passe essas bombas não”.
“Meu filho não é bomba. Não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui está livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil uma luta de uma mãe com uma criança que vem em um shopping para comprar uma roupa”, desabafou a mãe da criança.
Karla ainda disse que ninguém além da funcionária teria culpa pelo acontecido e vai processar a Loja Riachuelo e o Shopping Boulevard.
A funcionária acusada de discriminação contra o filho de Karla Gurgel negou as acusações. Em vídeo enviado para a produção da TV Subaé, filiada da TV Bahia na região, ela relatou que em nenhum momento tratou mal Karla e a criança.
Ela disse que não se referiu ao filho de Karla como uma “bomba” e afirmou que esse é um termo utilizado para se referir a compras que não serão pagas com o cartão Riachuelo, porque desta forma não alcançaria as metas impostas pela empresa.
Nota de pronunciamento da Riachuelo
“Nós da Riachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas.
O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo.
A empresa hoje conta com ciclos obrigatórios e periódicos de treinamento ao atendimento ao cliente, sempre em evolução e atualização, reforçando acima de tudo que o respeito a todos é inegociável. A partir desse caso, e em busca de que situações como essa não voltem a ocorrer, já está em implantação uma nova rodada extraordinária de treinamentos e capacitação da nossa força de vendas.
Reforçamos nosso compromisso constante com o cuidado para que todos se sintam bem-vindos e acolhidos em nossos espaços.”