Os dados e as informações obtidas através da contribuição das pessoas podem ser considerados como materiais virtuais necessários para o crescimento intelectual da sociedade. A descoberta de determinados padrões e a compreensão geram o conhecimento que nos faz entender diversos aspectos e fenômenos necessários para a elaboração do design da cidade.
Interpretar informações geradas, possibilita a construção de cidades inteligentes e influenciam na materialização de uma arquitetura no qual disponibiliza serviços de modo eficiente e responsável. Os materiais virtuais gerados e disponíveis estão ligados à arquitetura da informação que além de formalizar os princípios do design, transformam o invisível no visível ao apresentar a possibilidade da materialização de um cenário que contenha soluções físicas possíveis de implementar em uma dada circunstância.
Os estoques e fluxos de dados possuem tal relevância que favorecem à produção e a eficiência de processos atrelados à qualidade de vida dos habitantes. Mas para a realização de várias operações (não focando apenas em uma única meta) devemos observar este complexo cenário como um ecossistema no qual estão inclusos as instituições, os diferentes tipos de pessoas e as empresas (cada qual com seus interesses). Para que todas essas peças inseridas no cenário funcionem em harmonia, é preciso a criação de oportunidades utilizando a inteligência coletiva levando-se em consideração a perspectiva social e ecológica, e várias outras que fazem parte do ecossistema cidade.
A geração e o estoque de variados conjuntos de dados possibilitam boas idéias e soluções que agem diretamente em diversos aspectos como a sustentabilidade, eficiência energética, mobilidade e habitabilidade simultaneamente. Pode-se dizer que é uma forma de projetar através de um processo democrático no qual cada habitante poderá alimentar bancos de dados expondo suas próprias observações. Essa forma coletiva de trabalho muda a visão criativa de como o design possa vir a ser construído e transferido para outras áreas, realizando modificações pontuais que são exigidas pelas diferenças culturais.
Com a ajuda de sensores urbanos e smartphones constrói-se um conjunto de melhorias específicas e apropriadas para uma cidade. Quando as pessoas se sentem pertencentes à mesma, a arquitetura faz sentido e as relações sociais são saudáveis e harmoniosas.
Fonte: https://www.edx.org
Por Gabriela Gomes. Apaixonada pela Arquitetura e o Urbanismo. Acredita em uma arquitetura participativa como uma ferramenta capaz de provocar mudanças e promover a inclusão social. Por um Urbanismo sustentável e inteligente. Juazeirense, reside atualmente em San Jose, CA
*Este texto é de inteira responsabilidade da autora e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri