O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu na tarde de hoje da prisão na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba após ser liberado pela Justiça Federal.
Ele demorou a sair pelo portão principal porque deixou a sede da PF a pé e foi abraçado por diversos apoiadores. Estavam presentes o ex-senador Lindbergh Farias, o deputado federal Wadih Damous e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
A decisão coube ao juiz Danilo Pereira Jr., que substitui Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal em Curitiba, que está em férias e é a responsável pela execução da pena de Lula.
Lula foi beneficiado pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que, em julgamento finalizado ontem, proibiu prisão após condenação em segunda instância, caso de Lula. A defesa do ex-presidente havia entrado com o pedido de soltura no final da manhã de hoje.
“Determino, em face das situações já verificadas no curso do processo, que as autoridades públicas e os advogados do réu ajustem os protocolos de segurança para o adequado cumprimento da ordem, evitando-se situações de tumulto e risco à segurança pública”, escreveu o juiz em seu despacho.
O magistrado citou o “efeito vinculante” da decisão do STF. “Observa-se que a presente execução iniciou-se exclusivamente em virtude da confirmação da sentença condenatória em segundo grau, não existindo qualquer outro fundamento fático para o início do cumprimento das penas.”, afirmou Pereira Jr. na decisão.
Após protocolar o pedido, Zanin foi à sede da Justiça Federal em Curitiba para falar com o juiz.
O ex-presidente estava preso na capital paranaense desde abril de 2018 em razão da sentença que recebeu no processo do tríplex, derivado da Operação Lava Jato. A condenação foi confirmada pelo STJ (Superior do Tribunal de Justiça), uma espécie de terceira instância. O caso ainda será encaminhado ao STF.
Fonte: UOL