A prevenção às hepatites virais é o mote da campanha Julho Amarelo. A data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 28 de julho, celebra o Dia Mundial de Luta contra essas doenças. E a vacinação é uma das formas mais efetivas de proteger pessoas de todas as idades.
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Segundo a coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Ana Karine Borges, o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), oferta vacinas contra as hepatites A e B no Calendário Nacional de Vacinação. Em crianças, a vacinação confere imunidade prolongada. “A proteção contra a infecção persiste, mesmo com a queda de título de anticorpos que ocorre com o passar dos anos”, diz.
Hepatite B
A vacina contra a hepatite B, introduzida do Calendário Nacional de Vacinação desde 1998, é aplicada em quatro doses. Uma ao nascer e mais três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade (pentavalente). “Indica-se que os recém-nascidos recebam a primeira dose de vacina hepatite B no nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 a 24 horas, ainda na maternidade, o que resulta em alta eficácia na prevenção da infecção transmitida verticalmente para os bebês”, esclarece Borges. A vacina pentavalente garante também a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta.
Já a vacina monovalente pode ser aplicada em crianças mais velhas, adolescentes e adultos. “Para indivíduos com sete anos ou mais, recomenda-se a administração de três doses da vacina de hepatite B. O intervalo deve ser de 30 dias, entre a primeira e a segunda dose, e de seis meses, entre a primeira e a terceira dose”, destaca.
Em gestantes, a monovalente pode ser utilizada em qualquer momento. “A vacina contra a hepatite B é indicada para gestantes de qualquer faixa etária ou idade gestacional. O imunobiológico pode ser administrado simultaneamente com outras vacinas, independentemente de qualquer intervalo”, explica.
O imunobiológico contra a hepatite B protege também contra infecção pelo vírus da hepatite D, uma vez que esse vírus só se encontra em pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B. “Três doses de vacina hepatite B conferem imunidade em mais de 90% dos adultos e dos jovens sadios, e em mais de 95% dos lactentes [bebês que estão sendo amamentados], das crianças e dos adolescentes”, informa.
Hepatite A
A vacina contra a hepatite A, disponibilizada desde 2014, deve ser administrada em dose única apenas para crianças, aos 15 meses de idade, podendo ser aplicada também em crianças de até cinco anos incompletos. Altamente eficaz, ela praticamente não causa reações adversas.
De acordo com a coordenadora de imunização da Sesa, em pessoas imunodeprimidas, recomenda-se aplicar doses mais elevadas em maior número de vezes que os esquemas habituais, inclusive nos HIV-positivos, porque nesses indivíduos a resposta imunológica é menor.
Distribuição das vacinas
Os imunobiológicos estão disponíveis nas salas de vacinas de rotina dos serviços públicos de Saúde dos 184 municípios do Ceará.