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Fuxico – Por J. Flávio Vieira

Colunista escreve semanalmente no Revista Cariri

7 de abril de 2023
Fuxico – Por J. Flávio Vieira
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— Bebeto, tá na hora de dormir! Deite aqui! Eu vou te contar uma historinha!

Todo dia era aquela peleja para botar o filho para dormir. O menino de oito anos dava um trabalhão danado para ser arrancado da cama, no outro dia. Tinha que ir cedinho à escola. Dona Hemengarda era mãe solteira e sustentava a casa com um pequeno comércio de venda de fuxicos. Começara como feirante, mas depois se estabeleceu numa lojinha minúscula, numa ruazinha lateral de uma vila do interior de Goiás. A partir daí, criou marra e se denominava empresária, uma emergente do campo do empreendedorismo. Falava sobre juros escorchantes, sobre impostos impiedosos, sobre a legislação trabalhista que algemava o empresariado. Quem a visse se queixando, confundiria, facilmente, com um Abílio Diniz ou um Antonio Ermírio de Morais. Há pouco mais de um mês, Hemengarda esteve inclusive prestes a ser presa pela PF pois fazia parte daquela horda de patriotas que vandalizou o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo. Ela escapou por um triz, pois escafedeu-se na hora do pega pra capar. A cidadezinha onde morava, de tão pequena, era um esconderijo melhor que o de Bin Laden.

Era semana santa e a empreendedora, depois de orar junto com Bebeto, iniciou a história. Aproveitou, então, a saga de Jesus Cristo e o seu martírio para contar, detalhadamente, ao filho que esperneou para largar o TikTok. Ela, então, relatou que Jesus nasceu na Galiléia, era filho de um marceneiro e que a mãe engravidou, mas de um outro cara chamado de Espírito Santo. Desde pequeno, Jesus parecia muito inteligente e dava aula para os sábios. Cedo ele começou a pregar pelas esquinas, dizendo que existia um outro mundo melhor e um outro rei maior do que os que governavam a terra. Pregava que era preciso se despojar de tudo e dar aos pobres todos os pertences. Em pouco, Jesus arranjou muitos discípulos, virou um grande influencer, com muitos seguidores. Chegou no templo sagrado de Jerusalém e expulsou um monte de comerciantes que fazia comércio de objetos sagrados. Doutrinava: todos homens são iguais e era preciso respeitar os outros como irmãos e os amar. Jesus fez milagres, transformou água em vinho numa festa de casamento e, num outro momento, multiplicou peixes e pães para alimentar um montão de gente faminta. Políticos, com ciúme da sua liderança, o prenderam. Foi traído por um dos seus seguidores que inventou uma fake news. Um juiz safado fez um julgamento viciado e o condenou à morte. O povo preferiu soltar um criminoso comum, chamado Barrabás. Cristo foi torturado, pregado numa cruz e morto. Não apareceu vivalma para acudir, nem mesmo o pai dele, por quem ele pediu socorro na hora da morte.

Hemengarda ia continuar o resto da história quando percebeu que Bebeto já cochilava. Mesmo assim, tomou um susto quando ouviu o menino balbuciar, de olhos cerrados: Bem feito!

— O que meu filho? Como você diz uma coisa dessas? Tá louco? Num tem medo de castigo, não, misera?

— Mãe, tá vendo não? Pela história, esse tal de Jesus só podia ser um tremendo comunista!

Por J. Flávio Vieira, médico e escritor. Membro do Instituto Cultural do Cariri (ICC)

*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

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