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Espedito Seleiro completa 80 anos nesta terça-feira (29); conheça o homem por trás do artesão

E sem o "sobrenome" Seleiro, quem é Espedito? Nos 80 anos do mestre da cultura, descobrimos outras facetas do cearense

29 de outubro de 2019
Espedito Seleiro completa 80 anos nesta terça-feira (29); conheça o homem por trás do artesão

A qualquer hora do dia é possível encontrar Espedito Seleiro em sua loja, na cidade de Nova Olinda (Foto: Thiago Gadelha)

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Foi numa sexta-feira que o coração de Espedito Velozo de Carvalho começou a bater além do ventre de dona Maria Pastora Veloso. O menino veio ao mundo pela cidade de Arneiroz, no dia 29 de outubro de 1939, há exatos 80 anos. Ainda na infância, descobriu no pai, Raimundo, e no avô, Gonçalo, referências de vaqueiros e seleiros. Não por acaso, começou a desenhar ali uma vida inteira para trançar em couro.

A família mudou-se para Nova Olinda em 1949. De lá, Espedito só saiu para uma curta “aventura” de dois anos nos cafezais paulistas, fidelizando o Cariri cearense como o berço principal de sua formação. Quando jovem, não pensava em casamento. Mas desde que os olhos cruzaram com os da bela Francisca, tudo mudou.

Apesar do medo que a moça nutria, de o pai não aceitar o relacionamento, a união foi celebrada ainda em 1960. Do encontro, nasceram nove filhos. Desses sobreviveram seis, os quais já lhe deram cinco netos. Juntos, os herdeiros somam as maiores alegrias e orgulhos do homem que se consagrou internacionalmente com o artesanato em couro. Em parte, porque todos seguiram o mesmo caminho escolhido pelo patriarca.

Mestre do artesanato em couro, Espedito Seleiro é referência internacional no seu ofício (Foto: Thiago Gadelha)

Quem vê o mestre trabalhando no balcão da oficina que o levou da Marquês de Sapucaí à Embaixada do Brasil em Londres sabe que o serviço começa cedo. Muitas vezes, ele ainda nem tem saído da cama quando chega a ideia de um modelo de acessório, bolsa, calçado ou outra invenção. A isso chama de dom, e nunca deixou nada escapar.

“Não é tão fácil, principalmente quando se tem uma responsabilidade grande como eu tenho hoje, com esse tanto de gente pra dar dinheiro. Mas não é nem todo mundo que conhece isso. Tem gente que pensa: Espedito é muito conhecido, ele já é rico. É mentira”, contradiz.

Eu sou rico, graças a Deus, porque tenho uma família unida, tenho muitas amizades no mundo todinho, tenho tudo, e um pouquinho de saúde, que eu tô completando oitentão, né, e o rojão meu é esse daqui que cê tá vendo”, diz enquanto desenha um molde.

“E por que um cabra desse não é rico, né? Só faço o que eu quero, que é cortar couro, e meus amigos que querem me ver vêm aqui. Pra mim, a riqueza é essa”, pondera.

Lazer
Mas nem só de trabalho vive o homem. Se tem uma diversão para Espedito, ela se chama forró. “Eu, quando era novo, andava oito, dez léguas montado num cavalo pra ir pra um forró. Dançava, bebia cachaça, namorava, pintava o sete. Chegava de madrugada, botava o cavalo na roça, às vezes com sela e tudo”, recorda.

Ainda hoje, onde tem um pé de serra ou uma brincadeira popular, a exemplo do reisado, lá ele estará. “É uma coisa que eu me criei na igreja e nas festas. Tô na idade que eu tô, mas não perdi o jeito ainda de ir pro forró.. Acho bom!”.

Esse apreço, aliás, esconde um sonho antigo: se não fosse seleiro, o Ceará teria um mestre sanfoneiro.

Minha vontade era chegar nos forrós, substituir o cara da sanfona e ficar até o amanhecer de tanto que o povo ia gostar”, confessa, depois de um dia de insistência da repórter.

Se não tivesse ficado famoso pelo artesanato, Espedito queria ter feito sucesso como sanfoneiro (Foto: Thiago Gadelha)

Se estiver em casa, só liga a televisão para assistir ao jornal ou futebol. De novela não gosta, apesar de ter conferido algumas que trouxeram suas peças no figurino. Entretenimento bom é conversar na calçada da rua que ainda não leva seu nome, mas reúne casa, loja, ateliê e Museu do Ciclo do Couro mantidos pela famíla.

Já na hora de comer, não tem muita “frescura”. “Do ar, eu só não como urubu, e do chão, cururu, mas o resto que aparecer…”, brinca. Não dispensa mesmo é uma galinha caipira com arroz, feijão, macarrão e cuscuz. Para comer essa iguaria com tempero tipicamente sertanejo, sai geralmente aos domingos com toda a família para alguns sítios próximos de casa. “Eu gosto muito de ir pro Zabelê, pro Pontal, e também vou na peixada ali na ladeira de Zuzinha”, situa. Acompanhar as brincadeiras da neta mais nova, Mayssa, de 4 anos, e descansar numa rede, após a refeição, também encerram a folga do artesão em grande estilo.

Coração
De volta à oficina, ele segue como peça principal, e supervisiona o trabalho de todos os filhos, netos e funcionários diariamente. É difícil que um objeto saia para a venda antes de passar pelo seu crivo. Mestre da cultura que é, titulado pela Secretaria da Cultura do Estado, ele sabe transmitir todo o conhecimento adquirido, e faz questão de acompanhar o desempenho de cada “aluno” individualmente. Até a neta Mayssa é observada pelo avô quando resolve brincar com a matéria-prima na calçada.

A escola tradicional, porém, Espedito pouco frequentou. Diz ter sido a falta de tempo. “De tudo, eu sei fazer um pouquinho, mas num sou formado. Sou formado só no couro”, salienta ele que, em virtude do ofício, acumula os títulos de notório saber em Cultura Popular pelas Universidades Federal e Estadual do Ceará.

A dedicação intensa ao trabalho se sustenta em dois pilares centrais: “Primeiro porque preciso ganhar meu dinheiro, e segundo porque adoro fazer isso aqui. Aquilo que você se sente bem, sua alma se sente bem e a sua saúde ó, fica lá em cima… Você passa dos 80, porque é fazer o que gosta, não tem coisa melhor no mundo”, acredita.

Espontâneo como é, pede mais três meses para falar sobre tudo que envolve sua vida, enquanto a noite cai em Nova Olinda. A cidade é seu cantinho favorito no mundo, e apesar de gostar das viagens que o levam a encontrar amigos distantes, não aceita outro lar além do já construído.

Quero terminar minha vida toda aqui, do jeito que eu estou, trabalhando, até o dia que Deus quiser”, adianta.

O coração de couro segue forte, no traço, na peça e até no anel que carrega no dedo, um presente que ganhou de um indígena da Amazônia há aproximadamente 15 anos. “Aqui é coração por todo canto. Coração é grande”, finaliza o mestre, na certeza de que ainda há muito por pulsar.

Para festejar o mestre
Uma programação especial, durante o dia de hoje, em Nova Olinda, marca as comemorações dos 80 anos de Espedito Seleiro na praça batizada com o nome do mestre da cultura, Centro de Nova Olinda. A iniciativa é do Projeto Museus Orgânicos dos Mestres da Cultura Popular (Sesc), com ação no Museu Ciclo do Couro.

16h30 – Missa de Ação de Graças

17h00 – Reisado de Caretas de Couro – Mestre Antonio Luiz Reisado de congo do Mestre Aldenir Bacamarteiros da Paz

18h30 – Parabéns

19h00 – Forró Pé de Serra com Joquinha Gonzaga

Mais informações: (88) 3512.3355

Por Roberta Souza

Fonte: Diário do Nordeste

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