O deputado federal Arthur Lira (Progressistas-AL) foi reeleito nesta quarta-feira (1°) para a presidência da Câmara dos Deputados. Com ampla margem e com favoritismo na disputa, o parlamentar obteve 464 votos, recorde já registrado em uma eleição para o comando da Casa.
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Lira deixou para trás os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Chico Alencar (PSOL-RJ). Enquanto Alencar obteve 21 votos, Van Hattem conseguiu 19. Outros cinco parlamentares votaram em branco.
Para a vitória, Lira conseguiu reunir PT, PL e outros partidos de base e oposição em um único bloco. Na teoria, o grupo daria 491 votos ao deputado, mas ‘traições’ já eram esperadas.
Com mais dois anos à frente da Câmara, Arthur Lira terá papel fundamental no cenário político do país. Será ele um dos responsáveis de articular o apoio da maioria da Casa a favor do governo, assim como fez com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lira deverá sentar com líderes e começar a articular os apoios nesta semana. Nos bastidores, porém, o parlamentar deve encontrar resistências, principalmente do próprio partido, que fez parte da base bolsonarista no último governo.
Mesa Diretora e Comissões
Com a vitória de Lira, as atenções se concentram para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e a disputa pelas principais comissões da Casa. Uma coisa já está acerta: a composição da mesa diretora.
Em negociações internas, ficou definido que Republicanos, PL, União Brasil, PT e MDB e PSD farão parte da mesa.
• 1ª vice-presidência – Marcos Pereira (Republicanos-SP)
• 2ª vice-presidência – Sóstenes Calvacante (PL-RJ)
• 1ª secretaria – Luciano Bivar (União Brasil-PE)
• 2ª secretaria – Maria do Rosário (PT-RS)
• 3ª secretaria – Júlio César (PSD-PI)
• 4ª secretaria – Lúcio Mosquini (MDB-MT)
Os nomes serão escolhidos pelos partidos, no entanto, qualquer parlamentar pode se colocar como candidato, de maneira avulsa. As posses da mesa diretora acontecem nesta quinta-feira (2).
Quanto as comissões, o imbróglio é maior. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é a mais desejada pelos partidos, pois liberam, ou não, os projetos para o plenário. Lira costurou um acordo para que PT, PL, MDB e União Brasil se revezem no comando da comissão.
Já a Comissão Mista de Orçamento (CMO) é uma preocupação para o governo Lula. A oposição está de olho no cargo, mas a cúpula petista não quer ceder a comissão para a oposição.
As transições entre deputados e senadores devem ser negociadas nos próximos dias, mas o PT negocia que o União Brasil comande a relatoria do Orçamento deste ano.
Fonte: iG