O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país voltou a cair na semana passada, pela quinta semana seguida, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar de muito sensíveis, os demais combustíveis também tiveram queda.
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O preço médio do litro recuou de R$ 4,94 para R$ 4,93 na semana de 18 a 24 de dezembro, uma queda de 0,2%. De acordo com a ANP, o valor máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,00.
O litro do etanol hidratado caiu de R$ 3,82 para R$ 3,81 – um recuo de 0,2%. O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,54.
Já o preço médio do diesel passou de R$ 6,36 para R$ 6,28 o litro, um recuo de 1,2%. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,80.
Contexto
A poucos dias do fim do ano, os combustíveis seguiram cursos diferentes na trajetória de valores por litro ao longo de 2022. O etanol e gasolina encerrarão com preços médios mais baixos do que iniciaram o ano, enquanto o diesel acumula uma forte valorização.
Já no início deste ano, a invasão russa à Ucrânia desestabilizou o mercado de energia em todo o mundo. Pela redução de oferta e pela substituição de fontes, os preços subiram. A situação foi agravada pelo real desvalorizado, que traz impacto aos preços cobrados pela Petrobras nas refinarias.
Em resposta, o governo brasileiro articulou um projeto que instaurou um teto ao ICMS cobrado sobre combustíveis e outros bens essenciais, para baixar o preço à força e tirar a pressão que fazia na inflação do país.
O imposto estadual é um dos principais multiplicadores de preços destes produtos e a alíquota chegava a 30% em algumas UFs. Por outro lado, é uma das principais fontes de renda dos estados brasileiros, reduzida na canetada pelo projeto.
De lá para cá, gasolina e etanol acumulam baixas consideráveis de preço médio, como mostra a ANP. O diesel, porém, cai lentamente.
A demanda por diesel no mercado internacional é muito intensa, o que limita a queda. É o combustível de carros de passeio e substituto para o gás natural na Europa. Além disso, o ICMS que incidia no diesel antes da medida sempre foi mais baixo, e boa parte dos estados já tinha uma cobrança inferior ao novo limite estabelecido pelo projeto.
Defasagem
A Petrobras tem como política de preços a Paridade de Preço Internacional (PPI). O modelo determina que a estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras, preços compatíveis com os que são praticados no exterior.
Segundo os últimos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço do diesel da Petrobras está hoje 7% abaixo da cotação internacional, enquanto o da gasolina está 2% acima.
Fonte: g1