Após um longo período de redução de casos, o Ceará volta a ter parte do mapa em alerta para o crescimento de confirmações de Covid-19, resultado de uma possível 5ª onda no Estado. Atualmente, 27 cidades têm classificação moderada ou grave para aumento da doença.
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As informações são do Centro de Inteligência em Saúde do Estado (CISEC), da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), com base em dados da plataforma IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). A análise é de 1º de dezembro.
Dos 184 municípios cearenses, 12 estão no alerta mais alto, quando o aumento é superior à média de base. Além de Fortaleza e mais seis municípios da Região Metropolitana, também estão incluídas Sobral e Granja, no Norte; Beberibe, no Litoral Leste; e Barro e Barbalha, no Cariri.
O painel ressalta que o nível máximo sugere “forte indício de novo período epidêmico, como um novo micro surto, ou mesmo como parte de uma nova onda estadual, a conferir pela evolução temporal”.
Outras 15 cidades apresentam alerta moderado, quando o número de casos ainda não é tão substancial. Entre elas, estão Aquiraz, Itapipoca, Crateús, Baturité e Caririaçu. As demais 157 “demonstram condições de estabilidade”.
O painel do Cisec, antes disponibilizado no IntegraSUS, tem como objetivo informar o crescimento da curva epidêmica no Estado, levando em consideração duas médias de casos: a do intervalo entre a primeira e a segunda onda e a dos últimos 5 dias.
Lauro Perdigão, infectologista do Hospital São José (HSJ), afirma que a Covid-19 acaba antecipando o aumento de síndromes respiratórias, fenômeno que geralmente ocorre no início de cada ano.
“Elas não respeitam totalmente esse padrão porque dependem de outros fatores, como aglomerações e vacinação, a proteção da população. Fora da influência da Covid, esse não seria um período em que usualmente haveria aumento do número de casos”, reflete.
Cenário se agrava no Estado
Desde o fim de outubro, a Covid-19 voltou a preocupar as autoridades de saúde. Diagnósticos positivos vêm crescendo; Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) voltam a receber maior demanda por síndromes gripais; o uso de máscaras em ambientes fechados é mais uma vez recomendado.
Especialistas atribuem o aumento à introdução da subvariante BQ.1 da Ômicron. Nesse contexto, cearenses que passaram quase três anos sem serem infectados receberam o primeiro diagnóstico positivo em novembro.
Ainda assim, casos graves e mortes não voltaram a crescer. A Sesa recomenda a busca pela atualização do esquema vacinal com quatro doses, para adultos, porque é a única maneira de minimizar os efeitos da doença.
“A gente já aprendeu nesses dois anos as principais medidas de prevenção. Flexibilizações são possíveis graças à melhora dos casos, mas quando eles aumentam, precisamos reforçar”, explica o infectologista Lauro Perdigão. Ele elenca:
• atualizar o calendário vacinal
• uso de máscaras
• higiene de mãos
• autoavaliação antes de ir pra festas e viagens com muita gente
• atenção ao contato com alguém com sistema imunológico debilitado, como gestantes e idosos
Por Nícolas Paulino
Fonte: Diário do Nordeste