Os temores de Jair Bolsonaro (PL) caso perca a reeleição este ano envolvem uma certeza de que será preso se deixar a cadeira da presidência da República, revela uma apuração de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
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Segundo a colunista, Bolsonaro tem repetido essa teoria a vários interlocutores, sendo alguns de seu governo, mas até mesmo para pessoas sem relação com sua gestão.
De acordo com fontes ouvidas pela publicação, em algumas vezes, o presidente reage de forma “transtornada” ao falar do assunto.
Interlocutores que não fazem parte do governo chegam a dizer que Bolsonaro insinua que prendê-lo não será uma tarefa fácil. De acordo com essas fontes, o mandatário alega não ser “ingênuo” como os ex-presidentes Lula e Michel Temer, que foram presos após deixarem o comando do Executivo.
Bolsonaro mencionou até mesmo que pode haver “morte” caso tentem prendê-lo.
Nas conversas com interlocutores, o chefe do Executivo ainda revela receio de que seus filhos, três deles na política, podem também serem presos a depender do resultado das eleições.
Entre as ações que tramitam na Justiça contra Bolsonaro, estão investigações sobre sua conduta na pandemia da Covid-19 no Brasil – questionada pela CPI da Covid, por exemplo – e também sobre os frequentes ataques que o presidente faz às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro.
“Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”
Agitado, falando de maneira descontrolada, Bolsonaro causou impacto em especial quando disse qual seria sua reação caso a polícia batesse à sua porta para executar uma ordem de prisão, segundo publicou o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
“Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, afirmou o mandatário.
O presidente da República acompanha de lupa cada uma das iniciativas em curso para tentar criar uma blindagem jurídica para ele. Entre as opções, está a aprovação de uma PEC que o tornaria senador vitalício ou de um projeto que o anistiasse dos crimes cometidos.