O Ceará confirmou nesta segunda-feira (11) o terceiro caso de varíola dos macacos, a monkeypox. O novo diagnóstico registrado nesse domingo (10) é de um jovem de 26 anos, residente de Fortaleza. Ele viajou recentemente para São Paulo.
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Assim com os outros dois casos, o paciente está isolado e a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) busca contatos próximos da pessoa e ainda está coletando mais material para a elucidação do caso.
“A Sesa tem monitorado o cenário junto às Vigilâncias em Saúde dos Municípios, realizando publicação periódica de notas técnicas atualizadas sobre a doença”, pontua a pasta.
O Ceará chegou a 26 notificações suspeitas da varíola dos macacos. A primeira infecção confirmada foi a de um residente de Fortaleza com 35 anos, o dia 29 de junho. No último dia 3 de julho, um homem de 43 anos, morador de Russas, foi diagnosticado.
Investigação
De acordo com a Sesa, sete casos ainda são investigados no Ceará: Aracoiaba (1), Juazeiro do Norte (1), Fortaleza (3), Quixadá (1) e Maranguape (1). Destes, quatro são homens e três são mulheres.
A Secretaria já descartou 16 casos: Fortaleza (9), Maracanaú (1), Cedro (1), São Gonçalo do Amarante (1), Caridade (1), Caucaia (1), Ocara (1) e Guaramiranga (1);
O que é a varíola dos macacos?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a doença recebeu esse nome porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa, em 1958. Somente em 1970, foi detectada em humanos. A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox.
Apesar de ser da mesma família da varíola humana, o patógeno causador da doença dos macacos tem menor risco de complicações. Segundo a OMS, a enfermidade é encontrada na África Central e Ocidental, onde há florestas tropicais e os animais que podem transportar a doença.
Ocasionalmente, pessoas com varíola são identificadas em outros países, após viagens de regiões onde a varíola é endêmica.
Quais os sintomas?
Segundo a OMS, os sintomas duram entre duas e quatro semanas, mas desaparecem por conta própria sem tratamento. A orientação é que as pessoas com os sinais descritos abaixo procurem orientação médica e comuniquem possível contato com alguém infectado. Veja os sintomas:
• Febre;
• Dores de cabeça intensa, musculares e/ ou nas costas;
• Baixa energia;
• Linfonodos inchados;
• Erupções cutâneas ou lesões.
Geralmente, a erupção se apresenta de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, secar e cair.
Segundo o órgão, o número de lesões em uma pessoa pode variar de alguns a milhares. A erupção tende a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Eles também podem ser encontrados na boca, genitais e olhos.
Por Matheus Facundo
Fonte: Diário do Nordeste