O 5G começou a funcionar em Brasília, nessa quarta-feira (6), primeira capital a receber a quinta geração de internet móvel. Em Fortaleza, a expectativa é de que a rede comece a funcionar até 29 de setembro deste ano, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Curta e siga nossas redes sociais:
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Esse é o novo prazo para todas as capitais brasileiras receberem o 5G. Inicialmente, era até 31 de julho, mas dificuldades logísticas na importação de equipamentos fizeram a Anatel estender o prazo. Entretanto, para as demais cidades, existem datas diferentes para o cumprimento de metas estabelecidas no edital do leilão do 5G. Isso diz respeito à ativação de Estações Rádio Base (ERBs).
O 5G promete uma revolução: conexão com velocidade ultrarrápida, avanços de tecnologias como carros que dirigem sozinhos e a possibilidade de ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo (saiba mais abaixo).
Para ter acesso a esse tipo de rede, primeiro é necessário ter um celular compatível com a tecnologia. Em julho de 2022, a Anatel listava cerca de 60 modelos homologados. Há aparelhos partindo de R$ 1,3 mil. Com o tempo, a tendência é que todos incorporem a compatibilidade, assim como aconteceu com o 4G.
Cronograma no Ceará
A Anatel disponibiliza um site em que reúne informações sobre o cumprimento dessas metas para a chegada do 5G. Confira, abaixo, o prazo máximo para que o 5G chegue a cidades do Ceará:
• Fortaleza – Até 29 de setembro de 2022
• Aquiraz – Até 31 de julho de 2028
• Aracati – Até 31 de julho de 2028
• Baturité – Até 31 de julho de 2028
• Beberibe – Até 31 de julho de 2028
• Barbalha – Até 31 de julho de 2028
• Caucaia – Até 31 de julho de 2026
• Camocim – Até 31 de julho de 2028
• Crato – Até 31 de dezembro de 2023
• Cedro – Até 31 de dezembro de 2026
• Guaramiranga – Até 31 de dezembro de 2026
• Jijoca de Jericoacoara – Até 31 de dezembro de 2030
• Juazeiro do Norte – Até 31 de julho de 2026
• Quixadá – Até 31 de julho de 2028
• Quixeramobim – Até 31 de julho de 2028
• Maracanaú – Até 31 de julho de 2026
• Maranguape – Até 31 de dezembro de 2023
• Penaforte – Até 31 de dezembro de 2026
• Russas – Até 31 de julho de 2028
• Sobral – Até 31 de julho de 2026
• Tauá – Até 31 de dezembro de 2023
• Tianguá – Até 31 de julho de 2028
Prazos em todo Brasil
Para todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes, o prazo de implantação é julho de 2029.
Diferentes prazos foram estabelecidos porque existe uma série de requisitos mínimos a serem cumpridos, dependendo da população. Até setembro, é preciso ter uma estação rádio base (ERB) a cada 100 mil habitantes, no mínimo.
Para as cidades com mais de 30 mil pessoas, o cronograma da Anatel é o seguinte:
• 29 de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 100 mil habitantes;
• 31 de julho de 2023: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes;
• 31 de julho de 2024: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes;
• 31 de julho de 2025: capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes;
• 31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
• 31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
• 31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
• 31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes.
Nos municípios com até 30 mil habitantes, a agência determina a instalação de até cinco estações rádio base, conforme o tamanho da população. Veja o cronograma para estas cidades:
• 31 de dezembro de 2026: 30% dos municípios com até 30 mil habitantes;
• 31 de dezembro de 2027: 60% dos municípios com até 30 mil habitantes;
• 31 de dezembro de 2028: 90% dos municípios com até 30 mil habitantes;
• 31 de dezembro de 2029: 100% dos municípios com até 30 mil habitantes.
Para que serve o 5G?
A média da velocidade 4G no Brasil entre as quatro maiores operadoras é de 17,1 Mbps (megabits por segundo), de acordo com um relatório da consultoria OpenSignal de maio de 2021. O 5G, por sua vez, pode chegar à velocidade entre 1 e 10 Gbps – uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G.
Nem sempre o 5G vai atingir as velocidades absolutas, mas a melhora pode ser significativa. Essas melhorias de velocidade, tempo de resposta e confiança na rede prometem abrir um leque de aplicações, segundo especialistas.
Tecnologias como os carros autônomos e a telemedicina devem avançar com o 5G, bem como a chamada “indústria 4.0” com toda a linha de produção automatizada. Cirurgias feitas remotamente, por exemplo, serão mais confiáveis quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo.
Fonte: g1 CE