Lesões na pele que não cicatrizam, apresentam sangramento e/ou coloração enegrecida podem ser sinais de câncer de pele. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, no entanto, podem ser o caminho para a plena recuperação. “Mesmo os melanomas, que são, no geral, mais agressivos, quando acompanhados adequadamente, têm praticamente 100% de cura”, destacou a dermatologista Anapaula Fontenele, a qual atua no Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA), em Fortaleza.
Curta e siga nossas redes sociais:
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
A comerciante Joice de Castro Gomes, 40, foi diagnosticada com a condição no início de 2021, após apresentar lesões avermelhadas no rosto, com sangramento e dificuldade de cicatrização.
“Quando fiz a biópsia e descobri que era câncer de pele, fui logo encaminhada para o HMJMA. Em fevereiro, fui submetida à cirurgia plástica reparadora e, agora, sou acompanhada pelos médicos”, conta a autônoma, que não se surpreendeu com o aparecimento da patologia. “É uma notícia ruim, mas tenho muitos casos na família. Então, desconfiei”, afirma.
Hereditariedade
A população de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, está suscetível a maiores riscos. Pessoas de pele negra também são acometidas, mas, geralmente, em áreas claras, como as palmas das mãos e as solas dos pés.
Com 16 anos de experiência, a médica Anapaula explica que os tratamentos variam de acordo com cada caso. Nesse sentido, a providência pode ser ambulatorial e/ou cirúrgica. “No HMJMA, executamos o acompanhamento medicamentoso em consultório, realizamos pequenos procedimentos e fazemos a cirurgia plástica reparadora, que, para mim, é o método ouro”, informa.
O cirurgião plástico Rodrigo Pimenta explica a conduta adotada diante de lesões extensas após a remoção de tumores. “Fazemos o uso de algumas técnicas da cirurgia plástica, como a utilização de retalhos e enxertos para fazer a cobertura cutânea e a reconstrução. Tudo isso a gente faz com o objetivo de ter o melhor resultado, a melhor cicatriz para o paciente”, diz o especialista, que atua no HMJMA desde 2017.
A cicatrização, aliás, é um motivo de preocupação para os pacientes. Principalmente aqueles cujas lesões estão localizadas em áreas como o rosto. “Na minha cirurgia, além da remoção do câncer, foi realizado o enxerto. Ficou muito bom. As pessoas que me conhecem não notam muito. Eu estava preocupada. É o meu rosto. Mas correu tudo bem. Agora, preciso me consultar com o cirurgião semestralmente e, todo mês, vou ao ambulatório. Estou usando proteção solar, chapéus e roupas cobertas. Com disciplina, está dando tudo certo”, destaca Joice.
Prevenção
Para se prevenir contra o câncer de pele, é preciso evitar a exposição ao sol intenso, principalmente entre 10h e 16h, quando os raios são mais intensos. Em outros períodos do dia, recomenda-se buscar lugares com sombra, usar proteção adequada, como roupas, chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
Deve ser contínua, também, a aplicação de filtro solar com fator de proteção 15, no mínimo, além de produtos similares apropriados para os lábios.