A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) recebeu a notificação nesta sexta-feira (17) de dois casos suspeitos de varíola dos macacos. Um deles é no município de Caridade, no interior do estado. O outro é no município de Cedro, já anunciado pela prefeitura do município nesta quinta-feira (16), cujo paciente é um homem de 54 anos.
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Os dois novos casos seguem em investigação epidemiológica. Os pacientes cumprem isolamento e, segundo a Sesa, foram aplicadas medidas como busca de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento.
Nenhum dos dois pacientes com casos suspeitos da varíola dos macacos viajaram para estados do Brasil que já possuem casos confirmados da doença. O paciente do Cedro, contudo, teve contato com uma pessoa de São Paulo, onde há casos confirmados. A vigilância em saúde da Sesa permanece monitorando os dois casos.
Caso descartado em Fortaleza
A Secretaria da Saúde descartou, na última segunda-feira (6), em Fortaleza, o primeiro caso suspeito no estado do Ceará após investigação epidemiológica e laboratorial.
No dia seguinte, a Sesa foi notificada de um caso suspeito de um residente de Maracanaú, cidade na Região Metropolitana. Com as duas novas notificações, somam-se três casos suspeitos que estão em investigação.
Varíola dos macacos
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dentro de um a três dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.
Fonte: g1 CE