O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança da corrida ao Palácio do Planalto na eleição de outubro e chegou a 47% das intenções de voto no primeiro turno, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). O percentual de Lula é superior ao da soma de todos os outros candidatos, o que daria ao petista a vitória já no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) continua na segunda colocação na preferência do eleitorado, com 29% das intenções de voto, e é seguido por Ciro Gomes (PDT), que tem 7%, pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), que soma 2%, e pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) e pelo palestrante Pablo Marçal (Pros), que ficaram com 1% cada um.
Os demais candidatos (Vera Lúcia, Eymael, Sofia Manzano, Felipe d’Ávila, Luciano Bivar e general Santos Cruz) não pontuaram. Com isso, a soma das intenções de voto de Bolsonaro, Ciro, Janones, Tebet e Marçal é de 41%, cinco a menos do que a quantidade de eleitores que dizem votar em Lula. Por isso, o ex-presidente seria eleito no primeiro turno caso a eleição fosse hoje.
O instituto Quaest entrevistou 2.000 pessoas presencialmente, entre quinta-feira (2) e domingo (5), e a margem de erro da pesquisa encomendada pela Genial Investimentos é de 2 pontos percentuais (para mais ou para menos). O nível de confiança do levantamento é de 95%.
Caso a eleição vá para o segundo turno, o levantamento diz que Lula venceria Bolsonaro por 54% a 32%. O ex-presidente também venceria uma eventual disputa contra Ciro Gomes (52% a 25%) e Simone Tebet (56% a 20%), segundo a pesquisa.
No último levantamento Genial/Qaest, divulgado no começo de maio, Lula tinha 46% das intenções de voto, contra 29% de Bolsonaro, e também venceria no primeiro turno, mas a vantagem estava no limite da margem de erro da pesquisa (4 pontos percentuais). Na ocasião, o ex-presidente venceria o atual mandatário por 54% a 34% em um eventual segundo turno.
Avaliação do governo Bolsonaro
O levantamento divulgado hoje também aponta que a avaliação negativa do governo Bolsonaro cresceu de 46% para 47% desde a última pesquisa, dentro da margem de erro. O percentual dos entrevistados que avaliam o governo de forma positiva manteve-se em 25% e aqueles que veem o governo como regular são 26% (contra 27% da sondagem anterior). A reprovação ao governo Bolsonaro é majoritária em todas as faixas de renda, gênero e idade.
“Dois dados são sintomáticos para explicar o sentimento do eleitor neste momento: 54% disseram que o governo Bolsonaro está pior do que esperavam e só 18% consideram que está melhor. Perguntamos ainda em que governo o eleitor acha que as pessoas conseguiam comprar mais com o seu salário, e 62% responderam que foi em administrações Lula”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Ou seja, do lado de Bolsonaro, há a percepção de desapontamento. Do lado de Lula, uma boa lembrança”.
No ranking de governos com maior poder de compra, depois de Lula com 62%, os eleitores citaram Bolsonaro (10%), FHC (5%) e Dilma (4%).
Percepção sobre a economia
A pesquisa também aponta uma piora na percepção do eleitor sobre a economia. Ela “influencia muito” a escolha do voto para 56% dos entrevistados, e 44% disseram que a economia é o maior problema do país. Entre os temas econômicos, a inflação foi o item mais citado pela primeira vez (por 23%).
Seis em cada dez eleitores acham que a economia piorou nos últimos seis meses e 57% reclamaram de dificuldades para pagar as contas. Perguntados sobre quem é o maior responsável pela alta dos preços dos combustíveis, 28% dos eleitores responderam Bolsonaro e 16%, a Petrobras.
Lula x Bolsonaro
Nas intenções de voto para o primeiro turno, Lula vence nas duas regiões mais populosas: Sudeste, com 44%, e Nordeste, com 69%. Há um empate técnico entre o ex-presidente e Bolsonaro no Sul (38% a 34% a favor de Lula) e no Norte (43% a 41% a favor de Bolsonaro), e no Centro-Oeste o atual incumbente lidera com folga (47% a 23%).
O ex-presidente tem suas maiores vantagens entre os eleitores que fizeram até o ensino fundamental (61%) e que recebem até dois salários mínimos (58%). Bolsonaro tem seus melhores resultados entre os eleitores evangélicos (46%, contra 34% de Lula) e com ensino superior completo (36%, contra 37% de Lula, um empate dentro da margem de erro).
Em relação à rejeição dos candidatos, 6 em cada 10 eleitores disseram que conhecem e não pretendem votar em Bolsonaro, 52% não votariam em Ciro Gomes e 40% rejeitam Lula.
Fonte: InfoMoney