O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), incluiu o PCO (Partido da Causa Operária) no inquérito das fake news e deu 5 dias para o presidente da sigla, Rui Costa Pimenta, prestar depoimento sobre ataques da sigla ao tribunal.
Curta e siga nossas redes sociais:
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
As publicações do partido de extrema-esquerda feitas pelas redes sociais chamava o ministro de “skinhead de toga”, acusava o tribunal de “fraudar as eleições” e defendia a dissolução do STF. “É preciso adotar uma política concreta contra a ditadura do STF. Lutar pela dissolução total do tribunal e pela eleição dos juízes com mandato revogável”, escreveu o PCO em uma das publicações.
No despacho, Moraes determina ainda o bloqueio dos perfis do PCO em Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Telegram e Tiktok. O ministro também mandou que o corregedor-geral eleitoral, ministro Mauro Campbell, seja oficiado para apurar possível violação à resolução que veda o compartilhamento de fatos inverídicos contra o processo eleitoral.
“O que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet”, disse Moraes.
Segundo o ministro, há “relevantes indícios” de utilização de dinheiro público por parte do presidente do partido para “fins meramente ilícitos”, como a divulgação de ataques às instituições.
“É necessário destacar que o Partido da Causa Operária, além das publicações no Twitter, utiliza sua estrutura para divulgar as mesmas ofensas nos mais diversos canais (Instagram, Facebook, Telegram, Youtube, Tik Tok), ampliando o alcance dos ataques ao Estado Democrático de Direito, de modo que atinjam o maior número possível de usuários nas redes sociais, que somadas, possuem quase 290 mil seguidores”, registrou Moraes.
A reportagem busca contato com o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta. O espaço segue aberto a manifestação.
Nas redes sociais, Pimenta disse que os supostos crimes listados por Moraes são “declarações políticas”. “Hoje, no Brasil ter determinada opinião política é crime. Não é agora, sempre lutamos contra isso”, disse.
Fonte: UOL