O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou, neste sábado (14), que a democracia no Brasil será garantida com votação limpa, transparente e através de urnas eletrônicas. Ele será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as Eleições 2022.
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“Vamos garantir a democracia no Brasil com eleições limpas, transparentes e por meio das urnas eletrônicas”, afirmou.
Moraes discursou por cerca de 30 minutos no Congresso Brasileiro de Magistrados, que acontece até este sábado, em Salvador.
Além disso, o ministro critou o ataque de “milícias digitais” contra a informação e a democracia.
“As milícias digitais produzem conteúdo falso, notícias fraudulentas. Elas [milícias digitais] têm o mesmo ou mais acesso que a mídia tradicional”, afirmou.
Segundo Moraes, as milícias digitais atuam para fazer com que a desacreditar a mídia tradicional, que é um dos três sustentáculos da democracia. “Isso não é desorganizado, isso tem muito dinheiro.”
“As plataformas e a internet deu voz aos imbecis. Hoje qualquer um de diz especialista. Ou seja, veste terno, gravata, coloca painel falso de livros no fundo do vídeo e fala desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, além de atacar o Judiciário”, afirmou.
“Como não dá para atacar o povo, começaram a atacar os instrumentos que garantem a democracia”.
Defesa da democracia
A abertura do evento, que acontece no Centro de Convenções de Salvador, foi realizada na noite de quinta-feira (12) e contou com uma defesa enfática da democracia e do judiciário feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
“É preciso haver um fortalecimento das instituições. Como disse o governador Rui Costa aqui, é inimaginável que chegaríamos em 2022 precisando defender o judiciário e a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira. Temos que ter coragem para defender o nosso judiciário e queria reafirmar aqui que eu respeito o poder judiciário do meu país”, disse o senador.
O congresso
Neste ano, o Congresso Brasileiro de Magistrados, que volta a acontecer após quatro anos, por conta da pandemia – normalmente o evento acontece a cada três anos – discute “as eleições de 2022 e a desinformação derivada da disseminação de notícias falsas”, além da liberdade de expressão.
Segundo a Associação de Magistrados do Brasil, responsável pelo evento, cerca de dois mil juízes, de todas as esferas do Judiciário devem passar pelo congresso. Entre os temas discutidos nesta edição estão Justiça Digital e Inovação, Democracia e Eleições, Direitos Fundamentais e Estado Democrático de Direito, Magistratura do Futuro e Justiça e Economia.
Fonte: g1