Os ataques da Rússia contra a Ucrânia, que iniciaram na quinta-feira (24), atingem não apenas militares mas também civis das cidades ucranianas. A crise entre os dois países vem se intensificando desde novembro do ano passado.
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As forças russas começaram uma invasão na Ucrânia após o presidente Vladimir Putin decidir “conduzir uma operação militar especial”.
Na manhã de ontem tropas russas chegaram até Kiev, capital da Ucrânia, houve bombardeios que atingiram civis. Imagens que circulam na imprensa internacional mostram um tanque russo atropelando o carro de um civil na Ucrânia. O governo ucraniano também distribuiu armas para população.
Em contrapartida, EUA, França e o Reino Unido têm anunciado pacotes de sanções contra a Rússia. Entenda abaixo quem é quem no meio do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Vladimir Putin
Vladimir Putin é presidente da Rússia desde 2000 após Boris Yeltsin, então chefe do país, renunciar o cargo. Antes disso, Yeltsin já havia chamado Putin para ser seu primeiro-ministro, em 1999.
Antes disso, o presidente da Rússia também integrou o KGB, serviço secreto russo. Putin foi presidente do país entre 2000 e 2008 — ano em que o Kremlin invadiu a Geórgia, como forma de apoio aos separatistas russos e a anexação da região da Crimeia, que era ucraniana até o ano de 2014.
Como não podia exercer um terceiro mandato, ele se torna primeiro-ministro até 2012. No ano em questão, ele ganha as eleições com 63% dos votos e fica no cargo até 2018.
Em 2018, Putin concorreu às eleições novamente e venceu com mais de 76% dos votos — seu mandato dura até 2024. Um pacote de mudanças constitucionais aprovado em 2020, porém, possibilita que ele possa concorrer novamente à reeleição e, se vencedor, também em 2030 — seja, pode ficar no poderia até 2036.
Se estiver no poder em 2028, será o mais longevo líder russo moderno, ultrapassando o ditador Josef Stálin (1878-1953, que governou a partir de 1924 e assumiu o poder absoluto em 1927).
Volodimir Zelensky
Formado em direito, Volodimir Zelensky é o presidente da Ucrânia. Em 2019, ele venceu as eleições ucranianas no segundo turno com 73% dos votos.
Antes disso, Zelensky era humorista e era dono de um patrimônio avaliado em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 8 milhões). Em sua posse, o presidente ucraniano já realizou mudanças como a dissolução do Parlamento para renová-lo e também prometeu dialogar com a Rússia para resolver conflitos separatistas.
Hoje está no centro do que pode ser a pior crise mundial das últimas décadas. Casado e pai de duas crianças, o presidente ucraniano vem de família judaica.
ONU
Os primeiros ataques russos contra a Ucrânia começaram no mesmo momento que acontecia uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Durante a reunião, nenhuma medida foi adotada. Hoje (25), o Conselho se reuniu novamente para votar um projeto de resolução contra a Rússia. O resultado terminou com 11 votos a favor e um voto contra, o da Rússia. Brasil votou a favor da resolução.
No entanto, como o Conselho é presidido, no momento, pela Rússia e com o poder de veto, a resolução não foi aprovada. O projeto, de autoria de americanos e albaneses, responsabilizava a Rússia pelos conflitos e demandava a imediata retirada de forças russas do território ucraniano.
Joe Biden
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem se posicionado contra os ataques da Rússia à Ucrânia. O chefe norte-americano diz ser a favor de que países tenham respeitadas sua soberania e liberdade para se juntar a Otan — aliança militar criada por EUA e Europa após a Segunda Guerra.
Putin não quer é a expansão da Otan para o leste europeu, já que a aliança militar ocidente faria fronteira com a Rússia.
Na quinta-feira (24), Biden chegou a chamar Putin de agressor e anunciou pacote de sanções contra Rússia. “Agora seu país vai pagar as consequências. Será muito caro economicamente, estrategicamente e se tornará um pária internacional”, disse o presidente dos EUA.
Otan
Criada após a Segunda Guerra Mundial, a Otan é uma aliança militar entre nações da América do Norte e Europa com objetivo de impedir o avanço da então União Soviética sobre os países da Euroa Ocidental.
Formada por 30 países e com sua sede em Bruxelas, na Bélgila, a Otan tem a Ucrânia como país parceiro desde a década de 1990. Em 2008, o país iniciou processo para se tornar membro efetivo. A entrada de novos países deve ter a aprovação de todos os membros.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, já se posicionou em relação aos recentes conflitos e disse que o grupo não enviaria tropas para Ucrânia. “A Rússia pagará um preço econômico e político muito alto” pelo ataque à Ucrânia, disse.
Xi Jinping
Segundo Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Putin afirmou a presidente Xi Jinping que está disposto a negociar em relação aos conflitos da Ucrânia. “A China apoia a Rússia e a Ucrânia na resolução desta questão através de negociações”, disse Xi.
Na quinta-feira (24), a porta-voz se recusou a chamar os ataques da Rússia contra a Ucrânia de “invasão” e hoje aponto responsabilidade dos Estados Unidos pelas hostilidades na região.
Antes da conversa de Xi com Putin, a China estava tomando uma posição mais amena em relação aos conflitos.
Emmanuel Macron
Na presidência rotativa da União Europeia, o presidente da França, Emmanuel Macron, também tem se posicionado contra as invasões da Rússia. Nas últimas semanas, o francês conversava com Putin para tentar encontrar uma saída diplomática.
Hoje mais cedo, Macron afirmou que iria enviar material militar defensivo para Ucrânia. Na quinta-feira (24), o presidente francês disse ainda que teve uma conversa “franca, direta e rápida” com Putin.
“[A ligação] Foi também para pedir que ele discutisse com o presidente [Volodimir] Zelensky, que havia solicitado isso, porque ele não conseguiu contatá-lo”, disse Macron a repórteres após uma cúpula da UE em Bruxelas, segundo a SKY News.
Boris Johnson
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também tem anunciado sanções contra a Rússia. Em uma de suas declarações, ele afirmou que irá travar a economia russa.
Boris entrou em contato telefônico com o presidente da Ucrânia e prometeu reforçar seu apoio ao país. A capital do Reino Unido, Londres, já informou que não irá enviar tropas britânicas para entrar em conflito com os russos, mas está disposta a mandar armas defensivas aos ucranianos.
Fonte: UOL