A pesquisa Exame/Ideia publicada nesta quinta-feira (24) reforça o que mostrou o levantamento da CNT/MDA. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, continua liderando a corrida eleitoral.
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“Um dos principais dados desta pesquisa Exame/Ideia é a evolução numérica do presidente Jair Bolsonaro em diversos aspectos, alguns dentro da margem de erro, outros não. Esse movimento de melhora coincide com o ano de reeleição. O primeiro semestre costuma ser um período de recuperação. Isso aconteceu com FHC, Lula e Dilma, e há sinais de que pode acontecer com Bolsonaro”, avalia o fundador do Instituto Ideia, Maurício Moura.
Ao contrário do levantamento da CNT/MDA, cujas entrevistas são presenciais, a pesquisa Exame/Ideia foi feita por telefone, entre os dias 18 e 22 de fevereiro. Foram entrevistadas 1.500 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
No Cenário 1, Lula tem 42% das intenções de voto. Bolsonaro tem 27%. Sergio Moro (Podemos) tem 10%. Ciro Gomes (PDT), 8%. João Doria (PSDB), 2%. André Janones (Avante), 0,9%. Rodrigo Pacheco (PSD), 0,8%. Felipe D’Ávila (Novo), 0,5%. Simone Tebet (MDB), 0,4%. Alessandro Vieira (Cidadania), 0,3%. Aldo Rebelo (sem partido), 0,2%. Leonardo Péricles (Unidade Popular), 0,1%.
Como as listas apresentadas não foram as mesmas, a pesquisa não traz o comparativo com a rodada anterior. Mas, na rodada de janeiro, com uma lista de candidatos ligeiramente diferente, Lula tinha 41%, o que indicaria, portanto, uma subida de um ponto percentual, dentro da margem de erro. E Bolsonaro tinha 24%, subindo agora três pontos percentuais, no limite da margem de erro.
Um segundo cenário é apresentado, sem alteração com relação aos principais candidatos na disputa: Lula (42%); Bolsonaro (27%); Moro (10%); Ciro Gomes (8%); Doria (3%); Eduardo Leite (2%); Janones (0,5%); Tebet (0,4%); D´Ávila (0,4%); Alessandro Vieira (0,3%), e Aldo Rebelo (0,1%).
Bolsonaro tem a maior taxa de rejeição. De acordo com a pesquisa, 47% não votariam nele. A taxa de rejeição de Lula é 37%.
Lula vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Bolsonaro, o placar seria 49% contra 35%. Bolsonaro vence em uma única situação: se o segundo turno fosse com João Doria. Nesse caso, o presidente teria 32% e o governador de São Paulo, 29%.
Apesar dos indicadores de melhora de Bolsonaro, Mauricio Moura destaca que os indicadores do presidente, com relação à sua avaliação e à avaliação de seu governo, continuam piores do que os de outros presidentes que tentaram a reeleição. Um indicador especialmente chama a atenção do diretor do Ideia: 61% dizem que Bolsonaro não merece ser reeleito.
Maurício aponta ainda para um índice muito alto de possível consolidação dos votos. Dois terços dos entrevistados dizem que já têm seu voto definido. “A polarização faz com que o eleitor decida o voto muito antes da eleição”.
Fonte: Congresso em Foco