Ainda não foi dessa vez que o Palmeiras conseguiu realizar seu sonho de conquistar o Mundial de Clubes da Fifa. Com mais volume de jogo e paciência, o Chelsea de Thomas Tuchel venceu o time de Abel Ferreira por 2 a 1 na prorrogação e conquistou o troféu que faltava na sua prateleira. Os gols foram marcados por Lukaku e Havertz, de pênalti. Veiga, também de pênalti, fez o do Palmeiras.
Curta e siga nossas redes sociais:
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
É verdade que o time azul criou muito pouco no início da partida, sofrendo com uma marcação muito forte do clube alviverde, que montou uma linha com até seis jogadores. Mas com Pulisic em campo no lugar de Mount, os ingleses passaram a ser mais agudos e, já no fim do 1º tempo passaram a dominar as ações.
Na segunda etapa, abriram o placar com Lukaku, logo aos 8 min, após cruzamento perfeito de Hudson-Odoi para Lukaku subir no meio da zaga e testar. O Palmeiras empatou aos 18, com pênalti cobrado por Veiga. Cansados, os dois times levaram o jogo para a prorrogação. O Chelsea seguiu em cima e conseguiu um pênalti da mesma forma que o Verdão havia conseguiu o seu: toque de mão. Na cobrança, Havertz deslocou Weverton e definiu o título para o Chelsea.
Quem foi bem: Havertz
O alemão foi quem decidiu o título. Participativo no ataque, ele não foi efetivo com a bola rolando, mas chamou a responsabilidade na bola parada e cobrou o pênalti nos minutos finais da prorrogação para decidir a final.
Quem foi mal: Rony
O atacante pouco produziu na fase ofensiva. Aberto pela direita, acabou jogando quase como um lateral de tanto trabalho que Hudson-Odoi deu em seu setor. Se esforçou muito na defesa, mas, no lance do gol, foi o atacante quem deu espaço demais para o inglês cruzar na cabeça de Lukaku.
Cronologia do jogo
O primeiro tempo foi de muito estudo, com o Palmeiras começando bem, aos poucos cedendo maior controle das ações do jogo para o Chelsea. Os blues foram ficando mais com a bola, mas tiveram dificuldades para furar a linha defensiva de cinco montada por Abel Ferreira.
No segundo tempo, o Palmeiras deu um pouco mais de espaço e o Chelsea chegou ao seu gol. O destro Hudson-Odoi, a novidade de Tuchel, recebeu com liberdade e cruzou de esquerda na cabeça de Lukaku. O centroavante que estava sumido no jogo testou firme dentro da pequena área e não deu chances para Weverton.
O Palmeiras chegou ao empate aos 18 minutos em pênalti apontado pelo VAR em toque de mão de Thiago Silva. Raphael Veiga cobrou e marcou. O jogo terminou empatado e foi para a prorrogação.
Faltando apenas cinco minutos para o fim, o Chelsea teve escanteio e, no bate rebate, Azpilicueta chutou forte e a bola parou na mão de Luan. O VAR recomendou e o Chelsea teve pênalti. Havertz fez o gol do título.
A atuação do Palmeiras: início melhor
Sem ficar intimidado com o time inglês, o Alviverde chegou com perigo em vários momentos no início. A proposta era clara: defender com o máximo de jogadores possíveis – uma linha de 6, com Rony e Scarpa fechando os flancos- e atacar com velocidade pelos lados do campo, com Dudu e Rony, e pelo meio com Raphael. Desse modo, o time conseguia, ao mesmo tempo, ser um bunker defensivo e levar muito perigo à frente, tanto no contra-ataque quanto com a bola dominada.
Chelsea não conseguia quebrar defesa
Com muita pressão na marcação, o Palmeiras, com Luan, anulava Lukaku. Kanté mal respirava, com Zé Rafael e Danilo o perseguindo a cada movimento, enquanto Scarpa e Piquerez fechavam a porta para Mason Mount, e Rony e Dudu para Harvets. Sozinho, Kovacic não conseguia jogar. Foi só a partir dos 35 min, já com Pulisic correndo pela ponta no lugar de Mason Mount, que o Chelsea começou a se articular na frente.
Dudu leva perigo e depois perde chance clara
O Palmeiras teve duas chegadas excelentes. Aos 23, Dudu se livrou da marcação na entrada da área e bateu perto do ângulo de Mendy. Aos 26, o camisa 7 só não fez o gol porque perdeu a passada. Zé Rafael roubou de Kanté e avançou pelo meio até a entrada da área, quando rolou para Dudu sozinho. Desajeitado, quase caindo, ele bateu de direita para fora, rasteiro.
O jogo do Chelsea: domínio das ações
Passados os primeiros minutos do duelo, o Chelsea foi o senhor das ações e encurralou o Palmeiras em seu próprio campo. O Verdão dava espaço para o trio de zagueiros avançar e Thiago Silva foi quem mais ditou o ritmo do jogo, mas a equipe encontrou muita dificuldade em quebrar a linha defensiva de cinco de Abel Ferreira. Weverton pouco trabalhou apesar dos 71% de posse de bola inglês (dados do sofascore) na primeira etapa. Na segunda etapa, o time teve mais espaço e conseguiu aproveitar com Lukaku após cruzamento de Odoi.
Palmeiras volta desatento e Chelsea abre o placar
A intensidade máxima palmeirense que vinha se esvaindo já no fim do 1º tempo, desapareceu no começo de segundo, como se o Palmeiras tivesse perdido sua energia. E os espaços começaram a surgir para os Blues. Foi assim que veio o 1 a 0 inglês: Hudson-Odoi chegou livre à linha de fundo, sem a marcação de Rony, e cruzou, A bola passou por Gómez, Piquerez e Luan para encontra a cabeça de Lukaku: 1 a 0.
Dudu perde, mas VAR vê pênalti: Veiga, infalível, empata
Marcos Rocha bateu lateral na área, a defesa do Chelsea se complicou e Thiago Silva, tocou a bola com a mão. Os palmeirenses reclamaram muito um toque de mão do zagueiro, que foi confirmado pelo VAR. Na cobrança, Raphael Veiga empatou aos 18 min e recolocou o Palmeiras no jogo, quando tudo já parecia ter ido para o buraco. No calor de sua enorme torcida, o Palmeira voltou a crescer.
Jogo cai após o empate
Por alguns minutos após o gol, o Palmeiras cresceu, pressionou e quase virou a partida. Mas, aos poucos, os dois times começaram a dosar energias. Jogadores-chave dos dois lados como Veiga e Lukaku deixarem o campo, pregados. Parecia mesmo que as duas equipes queriam medir cansaços na prorrogação.
Chelsea acerta a trave e Navarro perde chance
Nenhum dos dois times dosou muita energia na prorrogação. Ambos fizeram força para chegar à frente e tentar resolver. Aos 8, em bola prensada na pequena área, Pulisic acertou a trave de Weverton. Na sua sina de heróis improváveis, certamente o recém-chegado Rafael Navarro era quem mais se credenciava para o papel no Palmeiras. E, aos 15,, Danilo ganhou de Kanté no pé de ferro, avançou e colocou o camisa 29 na cara do gol. Rudiger, porem, alcançou o atacante alviverde e conseguiu o desarme, já na entrada da área.
VAR aponta pênalti para o Chelsea
Em lance de bate e rebate na área, na terceira chegada seguida do Chelsea no segundo tempo da prorrogação em cruzamento, Ziyech conseguiu bater para o gol e a bola pegou no braço de Luan. O juiz não viu o lance, mas o VAR foi acionado e a infração, marcada. Na cobrança, Kai Havertz bateu sem chance para Weverton para garantir a vitória para os ingleses.
Chelsea distribuiu bandeiras, mas Palmeiras teve maioria
Chelsea fez ação de marketing e “saiu na frente” do Palmeiras antes da final. Foram distribuídas bandeirinhas dos Blues em uma Fan Fest, montada pelo clube londrino dentro do perímetro Fifa do estádio. O Verdão, por sua vez, não planejou nada para pré-jogo da decisão do Mundial, mas mesmo assim teve boa superioridade numérica nas arquibancadas.
Fonte: UOL