Alunos da rede municipal de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, foram premiados com medalhas de ouro e prata na 24ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A competição científica contou com a participação de candidatos de todo o País, matriculados em escolas públicas e privadas. Devido às restrições por conta da pandemia, as provas ocorreram no formato virtual, ainda em maio passado, e as medalhas foram enviadas para a Secretaria de Educação do Município neste mês.
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Os estudantes premiados são Luan Pereira da Silva e Francisco Riquelme Casimiro, ambos do nono ano do ensino fundamental da escola Prefeito Mozart Cardoso de Alencar. Eles conquistaram medalhas de ouro e prata, respectivamente. O reconhecimento não foi surpresa para a orientadora dos premiados, Ana Célia Cavalcante. Segundo ela, a conquista é resultado de um longo período de dedicação e muita persistência.
“É uma coisa que a gente vem construindo ao longo de muito tempo. O primeiro passo, sempre, é a gente acreditar no potencial deles e fazer as inscrições. A partir daí, começamos a fazer um trabalho focado na prova”, contou a professora ao jornalista Farias Júnior durante entrevista à rádio CBN Cariri.
No ano passado, estudantes da mesma escola haviam conquistado três medalhas de bronze na 23ª edição da OBA. Desta vez, como dois candidatos chegaram às duas posições mais altas do pódio, a professora também foi premiada com uma medalha de “honra ao mestre”. “A gente fica feliz pelo reconhecimento, mas a melhor coisa que é testemunhar eles se destacando e provando capacidade. Isso mostra que com muito esforço e persistência, é possível vencer”, afirmou a educadora.
Para Luan Pereira, que sempre demonstrou interesse por assuntos relacionados à astronomia durante sua trajetória na escola, a premiação com o ouro foi uma conquista com sabor mais do que especial: “Somos de uma escola pública, os desafios são maiores, por isso a sensação é de uma vitória grande mesmo”.
Já Francisco Riquelme, que “maratonou” nos estudos para obter um bom desempenho na competição, afirma que a prata é um incentivo para que continue avançando na busca pelo conhecimento. “É muito legal sentir que sua dedicação gerou o resultado esperado, tanto por mim quanto pela escola. Traz um desejo de seguir em frente e tentar algo ainda melhor nas próximas”, disse.
OBA 2021
Promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira (SBA), Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a OBA 2021 contou com a participação de 900 mil estudantes de todas as Regiões do Brasil. Ao longo dos 24 anos de existência, a competição científica, considerada a maior do país, já ultrapassou a marca de 12 milhões de inscritos. No ano passado, o torneio teve 440 mil participantes, menos da metade do total registrado neste ano.
Por Luciano Cesário
Fonte: O Povo