O dia 17 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial de Combate à Desertificação. Celebrada pela primeira vez em 1995, o objetivo da data é conscientizar a população internacional sobre o processo de desertificação e os efeitos negativos que as secas podem provocar em níveis regional e mundial.

Um egresso do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Cariri (UFCA) tem se dedicado ao estudo dos efeitos de secas, no âmbito de um programa de doutorado nos Estados Unidos. Filho de professores de Língua Portuguesa, o cratense Diogo Stalin Araújo é doutorando na área de Recursos Hídricos pela Faculdade de Engenharia e Ciências do Instituto de Tecnologia da Flórida (FIT).

“Como a seca é um dos principais fatores que levam à incidência de incêndios florestais, [temos o objetivo] de saber como vão ser as secas, no futuro, na Austrália: elas vão aumentar, vão diminuir… E essa metodologia, a ideia é que seja aplicada depois, em nível global… Já existem até trabalhos também parecidos para saber, digamos assim, quais pontos do planeta a gente vai ter esses problemas e se os pontos que a gente já tem problema (como é o caso do Oeste dos Estados Unidos, Austrália, Leste da África, Nordeste brasileiro) se esses pontos que já sofrem vão sofrer mais”, sintetiza Diogo.

O pesquisador explica que conseguiu uma bolsa de doutorado nos EUA por meio de um professor do FIT, com quem teve contato durante a sua graduação sanduíche viabilizada pelo extinto programa Ciências Sem Fronteiras, do governo federal brasileiro. Pelo programa, Diogo pôde passar dois semestres de sua graduação estudando na Flórida, em 2014, e terminar os estudos na UFCA. Ele explica que não precisou fazer um mestrado para ingressar no doutorado norte-americano.

Recentemente, Diogo apresentou a pesquisa que vêm desenvolvendo em dois eventos internacionais: A assembleia geral da American Geossiences Union (AGU), em dezembro de 2020, e a assembleia geral da European Geossiences Union (EGU), em abril passado.