O início da vacinação geral contra a Covid-19 no Ceará fez com que alguns grupos perdessem prioridade na fila. Motoristas de transporte coletivo, trabalhadores de transporte metroviário, ferroviário e aquaviário, caminhoneiros e trabalhadores industriais, antes considerados prioritários na quarta fase da campanha de vacinação, agora devem aguardar seus agendamentos por faixa etária junto com a população geral.
Conforme a resolução 66 da Comissão Intergestores Bipartite do Ceará (CIB-CE) – , que envolve Governo do Estado e os gestores das 184 cidades cearenses -, publicada na última terça-feira (1º), a vacinação da população geral deve ocorrer de forma escalonada, seguindo, em ordem decrescente, as faixas etárias: 59 a 55 anos; 54 a 45 anos; 44 a 40 anos; 39 a 30 anos e 29 a 18 anos.
Os municípios que aplicaram 90% ou mais da primeira dose nos grupos prioritários da terceira fase podem avançar para a etapa do público geral.
O documento da CIB orienta que os agendados devem comparecer aos locais de vacinação portando documento de identificação com foto, CPF, Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante de endereço.
Decisão pactuada por Comissão
Em nota, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) não comentou diretamente a retirada de grupos da prioridade para a vacinação nesta quarta fase, mas reforçou que a decisão de antecipar a vacinação na população geral foi pactuada pela CIB para “dar maior celeridade à aplicação das doses e uma amplitude maior de público, com objetivo de proteger parcelas da população com maior incidência de internações e óbitos pela doença”.
Segundo a pasta, “mais da metade dos casos graves de Covid-19 no Ceará ocorre em pessoas entre 50 e 60 anos”.
A Sesa ainda destacou que “o início da vacinação na população geral não inviabiliza as aplicações de doses nos grupos prioritários anteriores, como profissionais da saúde, idosos, pessoas com comorbidades ou deficiência, gestantes e trabalhadores de categorias antecipadas nas fases prioritárias (trabalhadores da Educação, forças de Segurança e Salvamento, Forças Armadas, funcionários do Sistema de Privação de Liberdade, trabalhadores portuários e do transporte aéreo)”.
Por Luana Severo
Fonte: Diário do Nordeste