A aeronave carregada com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech comprada pelo Brasil pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h22 desta quinta-feira (29). O desembarque e entrega do primeiro lote de um contrato para 100 milhões de doses feito pelo governo federal foi acompanhado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A cerimônia para entrega do imunizante que foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal ocorre no dia em que o Brasil atingiu 400 mil vidas perdidas para a Covid.
O voo que trouxe 1 milhão de doses saiu da Bélgica, fez escala em Miami, nos Estados Unidos, e chegou a Viracopos com um atraso de 22 minutos da previsão inicial. O esquema montado para realizar o desembarque envolve pelo menos 120 profissionais e forte esquema de segurança da Polícia Federal.
O desembarque do lote teve início às 19h44. De Campinas as doses serão encaminhadas para o centro de distribuição do governo federal em Guarulhos (SP), onde serão armazenadas em câmaras frias a uma temperatura de -70ºC.
Por conta do curto espaço de tempo e das exigências de armazenamento, o Ministério da Saúde informou que irá distribuir a vacina entre as 27 capitais do país de maneira proporcional e igualitária entre sexta-feira (30) e sábado (1º).
As doses da Pfizer precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Ainda no ano passado, a empresa disse ter desenvolvido uma embalagem especial com temperatura controlada que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada.
Ao chegarem às salas de vacinação, as doses serão mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.
A atual remessa faz parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em 19 de março. A previsão é que as 100 milhões de doses de vacinas sejam recebidas até o final do terceiro trimestre de 2021.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.
Fonte: G1