Segue sem trégua a ascensão inflacionária da gasolina, cujo litro mantém ritmo de aproximação do patamar inédito de R$ 6,00 no Ceará. De acordo com o novo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 147 postos entre 7 e 13 de março, a gasolina chegou à máxima de R$ 5,90 no Estado, 15 centavos acima do registrado na semana anterior.
O preço médio no Ceará assinalou nova alta, saltando de R$ 5,24 na semana anterior para R$ 5,49 e renovando o pico histórico. Somente nas últimas quatro semanas, o aumento médio acumulado é de 36 centavos.
Gasolina mais cara do estado
O valor mais alto verificado no Ceará foi no Crato (R$ 5,90), onde o preço se aproxima rapidamente da marca de R$ 6.
Aliás, este novo patamar já fora batido há muito em outros estados. No Acre, alguns postos foram flagrados cobrando mais de R$ 8,00 pelo litro da gasolina. Conforme a pesquisa, o Rio Grande do Sul é outro estado em que o combustível já experimenta novas camadas astronômicas, em marcha aos R$ 7.
Duas ressalvas sobre a pesquisa da ANP:
1) No caso do Ceará, a metodologia se restringe a poucos municípios. Portanto, é possível que haja valores ainda mais altos em outras cidades, mas o levantamento não consegue captar.
2) Os preços podem ter sofrido alterações desde o período em que os dados foram obtidos.
Preços da gasolina em Crato e Juazeiro do Norte
• Crato
Postos pesquisados: 9
Preço médio: 5,601
Preço mínimo: R$ 5,240
Preço máximo: 5,899
• Juazeiro do Norte
Postos pesquisados: 10
Preço médio: 5,623
Preço mínimo: R$ 5,450
Preço máximo: 5,799
Por que a gasolina está tão cara?
A Petrobras já autorizou seis aumentos neste ano para a gasolina nas refinarias, o que, naturalmente, reverbera na revenda nos postos e chega ao consumidor.
A sistemática de preços da empresa acompanha o valor do petróleo no mercado internacional e a pressão cambial com o dólar valorizado ante o real. Os motoristas devem se preparar para novas elevações, pois a tendência é de continuidade na majoração, conforme especialistas.
Por Victor Ximenes
Fonte: Diário do Nordeste