A conta de luz assusta e pesa muito no bolso de milhões de consumidores brasileiros. Para tentar reduzir o valor da fatura, muitos deles têm recorrido a alguns dispositivos que prometem reduzir o consumo de eletrônicos e eletrodomésticos, os chamados economizadores de energia.
Mas será que eles realmente funcionam? Fizemos um levantamento na Internet dos produtos disponíveis no mercado com essa função e encontramos cinco modelos que prometem uma economia de até 35%. O preço médio varia de R$ 64 a R$ 168.
No entanto, dos cinco modelos, não testamos o Econocapte, que não tem três pinos, ou seja, não segue o padrão brasileiro de tomadas e plugues elétricos.
Como os economizadores de energia funcionam?
Eles se apresentam como “filtros”, que protegem os aparelhos dos picos de tensão da rede elétrica. Os fabricantes afirmam ainda que esses dispositivos podem aproveitar a energia excedente dessas oscilações para o funcionamento dos eletrodomésticos ou eletrônicos plugados a eles.
Podem ser usados em eletrodomésticos com motor, que costumam gastar muita energia, como geladeiras.
Para utilizar um desses produtos, basta conectá-lo a um eletrodoméstico e plugá-lo na tomada. Vale ressaltar que cada economizador só pode ser ligado a um aparelho.
Como testamos os economizadores
Escolhemos testar os aparelhos em uma geladeira da Panasonic, modelo NR-BT47 (127 V), com volume total de 435 L, sendo 333 L do refrigerador e 102 L do congelador.
Antes disso, contudo, fizemos três medições do gasto de energia da geladeira sem esses dispositivos, para podermos verificar se houve ou não redução com eles, considerando um período total de 24 horas.
E, para cada aparelho, foram feitos três testes de consumo, também durante 24 horas.
Após nossas medições, constatamos que o consumo de energia da geladeira, com e sem o economizador, foi praticamente o mesmo! Não houve redução, tampouco próxima do valor prometido pelos fabricantes.
É muito importante você considerar o desvio padrão médio das nossas medições durante a comparação de resultados. Veja e compare abaixo:
Por Samuel Pinheiro (Com informações da Proteste)