A polícia do Piauí prendeu quatro cearenses suspeitos de alugar carros com documentos falsos nesta quarta-feira (9), em Teresina. O grupo criminoso, formado por três homens e uma mulher, levavam os veículos para outros estados e vendiam. Eles também fabricavam cartões de crédito para aplicar golpes.
De acordo com o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), as prisões foram feitas após empresários do ramo de locação de veículos denunciarem que seus veículos estavam sendo alugados e não eram devolvidos. Conforme o delegado Daniel Pires, a investigação apontou que os veículos estavam sendo levados para o Pernambuco.
“Conseguimos apreender carros nesse estado e, nessa quarta, percebemos que havia outro grupo em Teresina para alugar veículos e levá-los para outro estado, onde eram vendidos por valores abaixo do mercado”, afirmou o delegado, que também informou que a comercialização dos veículos costumava acontecer em cidades pequenas.
“Normalmente, nesses municípios, a fiscalização é pouca. Então quem comprasse esse carro por, digamos, R$ 8 mil, ficaria com o veículo por alguns anos até ele ser apreendido”, explicou.
Quadrilha fabricava cartões de crédito e débito
As investivações feitas pelo Greco também apontaram que todos os carros eram alugados por cartões de pessoas que não estavam em Teresina. “Apreendemos um aparelho que faz crachás, mas que eles usavam, com ajuda de um programa de computador, para fabricar cartões falsos”, relatou o delegado.
O grupo criminoso confessou o crime. “Eles disseram que faziam quantos cartões quisessem. Eles encontravam pessoas dispostas a alugar um carro para servirem de laranjas e ganhar mil reais em troca”, completou Daniel Pires.
Os suspeitos também usavam chips de telefone para colocar nos cartões falsos. “Eles compravam dados na internet que permitiam que eles conseguissem fazer transações usando contas de outras pessoas, que nem sequer estavam em Teresina”, afirmou o delegado.
O grupo deve responder por falsidade ideológica e por associação criminosa. De acordo com o Greco, as investigações podem desencadear ainda em uma acusação pelo crime de organização criminosa.
Fonte: Diário do Nordeste